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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Surgimento da Ciência


 
“A ÚNICA COISA DE QUE PRECISAMOS PARA NOS TORNARMOS BONS FILÓSOFOS É A CAPACIDADE DE NOS ADMIRARMOS COM AS COISAS.” (Jostein Gaarder)
 

I. CIÊNCIA

Nos séculos VII e VI a.C. surge a filosofia na Grécia nas colônias gregas e do Magma Grécia, essa filosofia fica conhecida como pré-socrática. Ciência Antiga o que se chama de filosofia é um conhecimento abstrato sobre as coisas, que se percebia somente com observação a olho nu, como os filósofos antigos que somente com a observação e a razão tentaram descobrir qual era o elemento fundamental das coisas ou arché. São os gregos pré-socráticos que transformam o conhecimento empírico em ciência, inicialmente essas reflexões são realizadas por: Tales de Mileto; Pitágoras de Samos; Hipócrates; Platão; Aristóteles; Euclides.

A Grécia Antiga testemunhou, no entanto, o surgimento de uma perspectiva cognitiva nova: a busca do conhecimento pelo próprio conhecimento, por mera curiosidade intelectual. Aqueles que cultivavam essa busca do saber pelo saber foram chamados filósofos, “os que amam ou buscam a sabedoria”.

Os filósofos gregos foram os primeiros que passaram a explicar a natureza e os fenômenos que nela ocorrem através da razão. Essa passagem do pensamento mítico e fantasioso para o pensamento racional foi dando à Filosofia uma certa base científica. A partir da Filosofia surge a Ciência, pois o Homem reorganiza as inquietações que assolam o campo das ideias e utiliza-se de experimentos para interagir com a sua própria realidade. Assim a partir da inquietação, o homem através de instrumentos e procedimentos equaciona o campo das hipóteses e exercita a razão. São organizados os padrões de pensamentos que formulam as diversas teorias agregadas ao conhecimento humano. Contudo o conhecimento científico por sua própria natureza torna-se suscetível às descobertas de novas ferramentas ou instrumentos que aprimoraram o campo da sua observação e manipulação, o que em última análise, implica tanto na ampliação, quanto no questionamento de tais conhecimentos. Neste contexto a filosofia surge como "a mãe de todas as ciências".
A ciência antiga possui estreita ligação com a filosofia e é extremamente teorética; a técnica era um saber empírico, ligado às práticas necessárias à vida e nada tinha a oferecer a ciência.

O pensamento científico surgiu na Grécia Antiga aproximadamente no século VI a.C. com os pensadores pré-socráticos que foram chamados de "Filósofos da Natureza" e também "Pré-cientistas". Foi um período onde a sociedade ocidental, saiu de uma forma de pensamento baseada em mitos e dogmas, para entrar no pensamento científico baseado no ceticismo.

Para a ciência, uma teoria é uma ideia, mas se observarmos fatos que comprovem a falsidade da ideia, o cientista tem a obrigação de destruir ou modificar a teoria. Foi na época de Sócrates e seus contemporâneos que o pensamento científico se consolidou, principalmente com o surgimento do conceito de "prova científica", ou repetição do fato observado na natureza. Quando esse processo de modificação no pensamento grego terminou, aproximadamente noventa por cento dos gregos haviam se tornado ateus. Tanto as religiões como a ciência tentam descrever a natureza e dar uma explicação para a origem do universo. A diferença está na forma de pensar de um cientista. O cientista não aceita descrever o natural com o sobrenatural. Para o cientista é necessário provas observadas e o que se observa sempre destrói as ideias. Para um cientista, a ciência é uma só, pois a natureza é apenas uma. Sendo assim, as ideias da física devem complementar as ideias da química, da paleontologia, geografia e assim por diante. Embora a ciência seja dividida em áreas, para facilitar o estudo, ela ainda continua sendo apenas uma.
 
a) O QUE É CIÊNCIA?
O termo ciência vem do latim scientia, que significa “conhecimento”. É o campo da atividade humana que se dedica à construção de um conhecimento sistemático e seguro a respeito dos fenômenos do mundo. A palavra conhecimento pode ser usada em um sentido geral e em um sentido estrito, que é o conhecimento sólido e bem fundamentado. Trata-se do que os gregos chamavam de episteme, o tipo de conhecimento que interessa à ciência. Por isso, a investigação sobre o conhecimento obtido pela ciência é conhecida como epistemologia.

Segundo o filósofo Gaston Bachelard, a ciência é um conjunto de saberes cuja compreensão histórica não se faz de traz para frente. Isso significa que não se entende a ciência investigando as origens de forma linear.

“A ciência não corresponde a um mundo a descrever. Ela corresponde a um mundo a construir.” (BACHELARD, G.)
 
b) OBJETIVO DA CIÊNCIA

O objetivo da ciência é tornar o mundo compreensível, proporcionando ao ser humano meios para prever situações e exercer controle sobre a natureza.
- Jacob Bronowski, afirma que, pelo conhecimento científico o “homem domina a natureza não pela força, mas pela compreensão”.

c) MÉTODO CIENTÍFICO

O Conhecimento científico é alcançado por meio do método científico. Método em sua raiz etimológica advém dos seguintes termos gregos: meta (através); hodos (caminho).

- O Método científico envolve núcleo de procedimentos, que orienta o modo de conduzir uma investigação científica.

- O método científico tem por base, de modo geral, uma estrutura lógica que engloba diversas etapas, as quais devem ser percorridas na busca de solução para o problema proposto. Etapas do método científico:
 

d) CONCEPÇÕES DE CIÊNCIA
Três tem sido as principais concepções de ciência ou de ideais de cientificidade: a racionalista, cujo modelo de objetividade é a matemática; a empirista, que toma o modelo de objetividade da medicina grega e da história natural do século XVII; e a construtivista, cujo modelo de objetividade advém da ideia de razão como conhecimento aproximativo.

- Concepção racionalista – afirma que a ciência é um conhecimento racional dedutivo e demonstrativo como a matemática, portanto, capaz de provar a verdade necessária e universal de seus enunciados e resultados, sem deixar nenhuma dúvida.

- Concepção empirista – afirma que a ciência é uma interpretação dos fatos baseada em observações e experimentos que permitem estabelecer induções e que, ao serem completadas, oferecem a definição do objeto, suas propriedades e suas leis de funcionamento.

- Concepção construtivista – considera a ciência uma construção de modelos explicativos para a realidade e não uma representação da própria realidade.
 
Racionalistas → dos gregos até o final do século XVII – A ciência é um conhecimento racional dedutivo e demonstrativo como a matemática.
Empiristas → Aristóteles até o final do século XIX – A ciência é uma interpretação dos fatos baseados nas observações e experimentos.
Construtivista → Iniciada no século passado – Tem a ciência como uma construção de modelos explicativos para a realidade e não um modelo para a própria realidade.

 II. SENSO COMUM
O senso comum é o saber do cidadão que vive normalmente sua vida. É caracterizado por um apego a imagens, sensações e por um desinteresse na busca de explicações e justificativas. A ciência é uma ruptura, crítica ao senso comum. Senso comum é uma forma de pensamento que se recusa aceitar a contestação criteriosa, a crítica com argumentos e demonstrações. O senso comum é bastante afeito ao um tipo bem rudimentar de experimentação: o contato físico com os objetos e as realidades.
- O Empirismo é a filosofia que convém ao conhecimento comum.
 
III. CONHECIMENTO CIENTÍFICO
O Conhecimento científico constitui um conhecimento contingente, pois suas preposições ou hipóteses têm a sua veracidade ou falsidade conhecida através da experimentação e não apenas pela razão, como ocorre no conhecimento filosófico. É sistemático, já que se trata de um saber ordenado logicamente, formando um sistema de idéias (teoria) e não conhecimentos dispersos e desconexos. Possui a característica da verificabilidade, a tal ponto que as afirmações (hipóteses) que não podem ser comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência. Constitui-se em conhecimento falível, em virtude de não ser definitivo e, por este motivo, é aproximadamente exato: novas proposições e o desenvolvimento de técnicas podem reformular o acervo de teoria existente.
- O conhecimento é fluente.
- O racionalismo é a filosofia que convém ao conhecimento científico.
 
IV. POLÍTICA
O termo política vem do grego politeía (que, por sua vez, deriva de polis, “cidade-estado”) e designa, desde a antiguidade, o campo da atividade humana que se refere a cidade, ao Estado, à administração pública e ao conjunto dos cidadãos. Refere-se, portanto, a uma área específica das relações existentes entre os indivíduos de uma sociedade.  
V. FILOSOFIA
- A filosofia originou-se de nossa necessidade de entender o mundo em que vivemos. Por volta do século VI a.C., nas colônias gregas da Ásia Menor, na cidade de Mileto (Grécia Antiga). E o primeiro filósofo foi Tales de Mileto. Seu conteúdo preciso ao nascer é uma cosmologia (estudo do universo) – principal objeto de estudo dos gregos na Grécia Antiga. Assim, a filosofia nasce como um conhecimento racional da ordem do mundo ou da natureza.
- Atribui-se ao filósofo grego Pitágoras de Samos a invenção da palavra FILOSOFIA. Pitágoras teria afirmado que a sabedoria plena e completa pertence aos deuses, mas que os homens podem desejá-la ou amá-la, tornando-se filósofos.
- A palavra filosofia (Φιλοσοφία) é uma composição de duas palavras gregas: philos (φίλος) e sophia (σοφία). Philos deriva-se de philia, que significa amizade, amor fraterno, respeito entre os iguais. Sophia quer dizer sabedoria e dela vem a palavra sophos, sábio. Filosofia significa, portanto, amor a sabedoria, amizade pela sabedoria, respeito pelo saber. Filósofo: o que ama a sabedoria, tem amizade pelo saber, deseja saber. Pitágoras afirmava que a sabedoria plena pertence aos deuses, mas que os homens podem desejá-la ou amá-la, tornando-se filósofos.

 
a) DIFERENÇA ENTRE O CIENTISTA E O FILÓSOFO
O cientista é um observador, estuda as coisas que existem no universo. O filósofo é um indagador, parte das interrogações, investiga o porquê das coisas estarem no universo e serem o que são. Segundo Bertrand Russell, a filosofia busca alcançar uma visão global, harmônica e crítica do conhecimento; a ciência, no entanto, interessa-se mais em resolver problemas específicos, delimitados.  

b) EPISTEMOLOGIA (FILOSOFIA DA CIÊNCIA)
A epistemologia ou filosofia da ciência é o campo de reflexão sobre a ciência, uma reflexão crítica sobre os fundamentos do saber científico. A filosofia da ciência é o estudo da metodologia científica. Trata-se de investigar o que caracteriza a atividade científica, em quê a ciência se separa do senso comum e da filosofia e quais hipóteses justificam e explicam o conhecimento científico.
 
c) FILÓSOFOS DA CIÊNCIA

- Karl Popper (1902-1994): físico, matemático e filósofo da ciência, propunha uma única possibilidade para o saber científico, o critério da refutabilidade ou da falseabilidade. De acordo com este critério, uma teoria mantém-se como verdadeira até que seja refutada, isto é, até que seja demonstrada sua falsidade, suas brechas, seus limites. Para ele, não existe observação pura, pois todas as observações são sempre realizadas à luz de pressupostos e de teorias que o cientista traz consigo.

- Gaston Bachelard (1884-1962): destacou a importância do estudo da história da ciência como instrumento de análise da própria racionalidade. Nessa pesquisa, a atividade científica é entendida como parte de um processo histórico amplo e que possui um caráter social. Segundo ele, a ciência progride por rupturas epistemológicas quando supera obstáculos epistemológicos. Destacou o papel da imaginação e da criatividade como elementos imprescindíveis à prática cinetífica.

- Thomas Kuhn (1922-1996): desenvolveu sua teoria acerca da história da ciência entendendo-a não como um processo linear e evolutivo, mas como uma sucessão de paradigmas que se confrontam entre si.
 
VI. PODER
A palavra poder vem do latim potere, posse, “poder, ser capaz de”. Refere-se fundamentalmente à faculdade, capacidade, força ou recurso para produzir certos efeitos. Segundo Bertrand Russel (1872-1970), o poder é a capacidade de fazer que os demais realizem aquilo que queremos. A filosofia política investiga o poder do ser humano sobre outros seres humanos, isto é, o poder social.
- Existem três formas de poder: econômico, ideológico e o político.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARAQUIN, Noëlla. LAFFITTE, Jacqueline. Dicionário universitário dos filósofos. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. São Paulo: Ática, 2010. Ensino médio, volume único.
_____. Filosofia. São Paulo: Ática, 2004. Série Novo Ensino Médio, volume único.
COTRIM, Gilberto. FERNANDES, Mirna. Fundamentos de filosofia. 1º Ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
DESCARTES, René. Discurso do método. São Paulo: Martin Claret, 2006.
HARWOOD, Jeremy. Filosofia: um guia com as idéias de 100 grandes pensadores. São Paulo: Planeta, 2013.
HUISMAN, Dnis. Dicionário de obras filosóficas. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
Segundo o filósofo Gaston Bachelard, a ciência é um conjunto de saberes cuja compreensão histórica não se faz de traz para frente. Isso significa que não se entende a ciência investigando as origens de forma linear.

 

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