Sejam Bem Vindos!

Este blog foi criado para melhor interação com meus alunos do Ensino Médio, facilitando a comunicação, troca de infromações e conteúdos. Espero que seja útil a todos que se interessam pelos temas abordados.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

APOSTILA - RESUMO CULTURA

Olá galera!

No quarto e último bimestre estaremos tratando do tema CULTURA. No link abaixo vocês podem acessar um resumo do conteúdo e imprimir para que facilite nosso trabalho em sala de aula.

http://www.4shared.com/document/Gxw_42nI/APOSTILA_-_CULTURA.html

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O PAPEL DA LINGUAGEM NO DESENVOLVIMENTO DA INTELIGÊNCIA HUMANA

É importante, nas relações humanas e sociais, refletir sobre o fundamental papel da linguagem para o desenvolvimento da inteligência. Pertence a linguagem a um sistema simbólico dos grupos humanos e certamente representa um salto qualitativo na evolução da espécie. Ela fornece os conceitos, as formas de organização do real, a mediação entre o sujeito e o objeto do conhecimento. É por meio dela que as funções mentais superiores são socialmente formadas e culturalmente transmitidas.
A linguagem é a maior criação da inteligência humana, pois é uma forma de acessar o mundo e o pensamento, tornando possível compreender e apreender as características dos fatos e objetos da realidade. Nós, seres humanos, somos, ao mesmo tempo, falantes e linguagem, considerando a linguagem uma criação humana, uma instituição sócio-cultural, que nos faz seres sociais e culturais. E, tendo a linguagem uma função social, ela é, antes de tudo, comunicação, expressão e compreensão. Essa função comunicativa está estreitamente combinada com o pensamento. A comunicação é uma espécie de função básica, porque permite a interação social e, ao mesmo tempo, organiza o pensamento, aguça a inteligência, aprimora a forma e o modo de viver no mundo.
Para Vygotsky [psicólogo e educador russo], a aquisição da linguagem passa por três fases: a) A linguagem social, que tem a função de denominar e comunicar, e seria a primeira linguagem que surge; b) A linguagem egocêntrica, ou seja, a progressão da fala social para a fala interna, ou seja, o processamento de perguntas e respostas dentro de nós mesmos – o que estaria bem próximo ao pensamento, representa a transição da função comunicativa para a função intelectual; c) A linguagem interior, intimamente ligada ao pensamento, ao intelecto das pessoas. É nessa fase que a linguagem aprimora, aperfeiçoa a inteligência humana.
Muitos estudiosos se debruçam, até hoje, para melhor compreender o fenômeno da linguagem. Mas a abordagem histórica desse estudo teve início no século XVIII e o grande impulso ocorreu no Século XIX, constituindo-se, ao longo dos anos, objeto de estudo de várias ciências, como por exemplo, a Psicologia, a Filosofia, a Lingüística, entre outras. Porém, a importância da linguagem aparece com maior ênfase no século XX, tanto que alguns autores consideram como sendo impossível pensar sobre algo sem pensar na linguagem, uma vez que desde então se evidencia a clara convicção de que a palavra linguagem é o espaço da expressividade do mundo. E no caso da Filosofia Contemporânea, volta-se, principalmente para a significação ou para o sentido das expressões lingüísticas, não priorizando, apenas, as questões relacionadas à consciência ou à razão ou, ainda, à essência das coisas.
A inteligência, para Piaget [psicólogo e filósofo suíço, conhecido pelo seu trabalho pioneiro no campo da inteligência infantil. Afirmou que existe um processo de construção do conhecimento, e lançou a grande questão: "Como podemos conhecer?".], é o mecanismo de adaptação do organismo a uma situação nova e, como tal, implica a construção contínua de novas estruturas. Esta adaptação refere-se ao mundo exterior, como toda adaptação biológica. Desta forma, os indivíduos se desenvolvem, intelectualmente, a partir de exercícios e estímulos oferecidos pelo meio que os cercam. O que vale também dizer que a inteligência humana pode ser exercitada, buscando um aperfeiçoamento de potencialidades e a linguagem é o meio e o fim desse aperfeiçoamento, uma vez que a linguagem propicia o exercício contínuo e ininterrupto da mente humana.
Para Piaget, o comportamento dos seres vivos não é inato, nem resultado de condicionamentos. Para ele o comportamento é construído numa interação entre o meio e o indivíduo, tudo permeado pela linguagem. Esta teoria epistemológica (epistemo = conhecimento, e logia = estudo) é caracterizada como interacionista. A inteligência do indivíduo, como adaptação a situações novas, portanto, está relacionada com a complexidade desta interação das pessoas com o meio. Em outras palavras, quanto mais complexa for esta interação, mais “inteligente” será a pessoa que utiliza a linguagem.
Conclui-se o artigo dizendo que a linguagem, de acordo com o neurobiólogo americano William Calvin, é "a característica definidora da inteligência humana". Assim, com o devido respeito à capacidade de comunicação dos golfinhos, chimpanzés, aves e abelhas, o Homo Sapiens é a única espécie existente com o poder da fala. Essa é a capacidade que nos separa dos outros animais, que nos torna humanos. O desenvolvimento da inteligência humana está intimamente ligado ao desenvolvimento da linguagem. Tudo que ela vivencia deve ser reproduzido nas formas de expressão verbal e não verbal. É importante que ela “interprete” o mundo que a cerca e que comunique esta “leitura” do mundo para as pessoas, no amplo sentido de existência, de viver em comunidade.

(Fonte: luizalessa.blogspot.com)

Linguagem Verbal e Linguagem Não-Verbal


O que é linguagem? É o uso da língua como forma de expressão e comunicação entre as pessoas. Agora, a linguagem não é somente um conjunto de palavras faladas ou escritas, mas também de gestos e imagens. Afinal, não nos comunicamos apenas pela fala ou escrita, não é verdade?

Então, a linguagem pode ser verbalizada, e daí vem a analogia ao verbo. Você já tentou se pronunciar sem utilizar o verbo? Se não, tente, e verá que é impossível se ter algo fundamentado e coerente! Assim, a linguagem verbal é que se utiliza de palavras quando se fala ou quando se escreve.

A linguagem pode ser não verbal, ao contrário da verbal, não se utiliza do vocábulo, das palavras para se comunicar. O objetivo, neste caso, não é de expor verbalmente o que se quer dizer ou o que se está pensando, mas se utilizar de outros meios comunicativos, como: placas, figuras, gestos, objetos, cores, ou seja, dos signos visuais.

Vejamos: um texto narrativo, uma carta, o diálogo, uma entrevista, uma reportagem no jornal escrito ou televisionado, um bilhete? Linguagem verbal!

Agora: o semáforo, o apito do juiz numa partida de futebol, o cartão vermelho, o cartão amarelo, uma dança, o aviso de “não fume” ou de “silêncio”, o bocejo, a identificação de “feminino” e “masculino” através de figuras na porta do banheiro, as placas de trânsito? Linguagem não verbal!

A linguagem pode ser ainda verbal e não verbal ao mesmo tempo, como nos casos das charges, cartoons e anúncios publicitários.

A IMPORTÂNCIA DA LINGUAGEM HUMANA


Apesar de haver muitos modos de conhecer o mundo, através do mito, da arte, da ciência, cada um deles com sua linguagem específica, é através da linguagem verbal que melhor se manifesta o pensamento abstrato que faz uso de idéias e conceitos gerais. Por isso, vamos começar nossa discussão exatamente caracterizando a linguagem verbal. 
A Linguagem Como Atividade Humana
Considerando o homem um ser que fala e a palavra a senha de entrada no mundo humano, vamos examinar mais profundamente o que vem a ser a linguagem especificamente humana. A linguagem é um sistema simbólico. O homem é o único animal capaz de criar símbolos, isto é, signos arbitrários em relação ao objeto que representam e, por isso mesmo, convencionais, ou seja, dependentes de aceitação social. Tomemos, por exemplo, a palavra casa. Não há nada no som nem na forma escrita que nos remeta ao objeto por ela representado (cada casa que, concretamente, existe em nossas ruas). Designar esse objeto pela palavra casa, então, é um ato arbitrário. A partir do momento em que não há relação alguma entre o signo casa e o objeto por ele representado, necessitamos de uma convenção, aceita pela sociedade, de que aquele signo representa aquele objeto. E só a partir dessa aceitação que poderemos nos comunicar, sabendo que, em todas as vezes que usarmos a palavra casa, nosso interlocutor entenderá o que queremos dizer. A linguagem, portanto, é um sistema de representações aceitas por um grupo social, que possibilita a comunicação entre os integrantes desse mesmo grupo.
Entretanto, na medida em que esse laço entre representação e objeto representado é arbitrário, ele é, necessariamente, uma construção da razão, isto é, uma invenção do sujeito para poder se aproximar da realidade. A linguagem, portanto, é produto da razão e só pode existir onde há racionalidade.
A linguagem é, assim, um dos principais instrumentos na formação do mundo cultural, pois é ela que nos permite transcender a nossa experiência. No momento em que damos nome a qualquer objeto da natureza, nós o individuamos, o diferenciamos do resto que o cerca; ele passa a existir para a nossa consciência. Com esse simples ato de nomear, distanciamo-nos da inteligência concreta animal, limitada ao aqui e agora, e entramos no mundo do simbólico. O nome é símbolo dos objetos que existem no mundo natural e das entidades abstratas que só têm existência no nosso pensamento (por exemplo, ações, estados ou qualidades como tristeza, beleza, liberdade).
O nome tem a capacidade de tornar presente para a nossa consciência o objeto que está longe de nós. O nome, ou a palavra, retém na nossa memória, enquanto idéia, aquilo que já não está ao alcance dos nossos sentidos: o cheiro do mar, o perfume do jasmim numa noite de verão, o toque da mão da pessoa amada; o som da voz do pai; o rosto de um amigo querido. O simples pronunciar de uma palavra representa, isto é, torna presente à nossa cons­ciência o objeto a que ela se refere. Não precisamos mais da existência física das coisas: criamos, através da linguagem, um mundo estável de idéias que nos permite lembrar o que já foi e projetar o que será. Assim é instaurada a temporalidade no existir humano. Pela linguagem, o homem deixa de reagir somente ao presente, ao imediato; passa a poder pensar o passado e o futuro e, com isso, a construir o seu projeto de vida.
Por transcender a situação concreta, o fluir contínuo da vida, o mundo criado pela linguagem se apresenta mais estável e sofre mudanças mais lentas do que o mundo natural. Pelas palavras, podemos transmitir o conhecimento acumulado por uma pessoa ou sociedade. Podemos passar adiante esta construção da razão que se chama cultura.

OS TIPOS DE INTELIGÊNCIA

Os tipos de inteligência

    O psicólogo Howard Gardner da Universidade de Harward, nos Estados Unidos, propõe “uma visão pluralista da mente” ampliando o conceito de inteligência única para o de um feixe de capacidades. Para ele, inteligência é a capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos valorizados em um ambiente cultural ou comunitário. Assim, ele propõe uma nova visão da inteligência, dividindo-a em 7 diferentes competências que se interpenetram, pois sempre envolvemos mais de uma habilidade na solução de problemas.

   
Embora existam predominâncias, as inteligências se integram:

•     Inteligência Verbal ou Lingüística: habilidade para lidar criativamente com as palavras.
•     Inteligência Lógico-Matemática: capacidade para solucionar problemas envolvendo números e demais elementos matemáticos; habilidades para raciocínio dedutivo.
•     Inteligência Cinestésica Corporal: capacidade de usar o próprio corpo de maneiras diferentes e hábeis.
•     Inteligência Espacial: noção de espaço e direção.
•     Inteligência Musical: capacidade de organizar sons de maneira criativa.
•     Inteligência Interpessoal: habilidade de compreender os outros; a maneira de como aceitar e conviver com o outro.
•     Inteligência Intrapessoal: capacidade de relacionamento consigo mesmo, autoconhecimento. Habilidade de administrar seus sentimentos e emoções a favor de seus projetos. É a inteligência da auto-estima.
    Segundo Gardner, todos nascem com o potencial das várias inteligências. A partir das relações com o ambiente, aspectos culturais, algumas são mais desenvolvidas ao passo que deixamos de aprimorar outras

OBS: vale a pena conferir o texto sobre inteligência no link abaixo:

AS PROFISSÕES DO FUTURO

Uma das maiores dificuldades das pessoas, no mundo atual, reside no mercado de trabalho. No Brasil, há uma multidão de desempregados. Os jovens vivem angustiados na escolha de um curso superior que lhe garanta sustentabilidade. Hoje se sabe que o mundo inteiro está em crise e muitos trabalhadores perderam os seus empregos e estão à procura de uma vaga de trabalho em um mundo muito concorrido. E, olhando essa realidade, quais são as profissões que mais bem pagas no Brasil? Atualmente, as pessoas não estão mais pensando em trabalhar em algo que lhes dê prazer, desejam um trabalho que garanta boa remuneração, boa qualidade de vida para si e sua família.
Todavia, esse sonho de bom emprego e boa qualidade de vida está se tornando cada dia mais difícil, principalmente em virtude da crise mundial financeira, excesso de pessoas a procura de trabalho, falta de boa qualificação e etc. E é por essa razão que os jovens estão se preocupando não somente em fazer uma faculdade e se qualificar na área de gostam, pensam, também, no campo que lhes proporcione uma melhor renumeração. Contudo, escolher a carreira na qual seguir é muito complicado e gera uma dezena de dúvidas. A maior preocupação está relacionada às áreas mais bem pagas, entre elas estão: Juízes e Desembargadores, Diretores Gerais, Médicos, Empresários de empresas de pequeno e médio porte, Engenheiros Eletroeletrônicos, Engenheiros Civis, Engenheiros, Profissionais em Pesquisa e Análise Econômica, Engenheiros Mecânicos, Diretores de Áreas de Apoio, Técnicos e Fiscais de Tributação e Arrecadação, Agrônomos, Engenheiros Químicos, Analistas de Sistemas, Cirurgiões Dentistas, Arquitetos, Advogados, Contadores e Auditores, Administradores, Nutricionistas, Engenheiros de Alimentos e outros. Essas são as áreas profissionais mais bem pagas no mercado brasileiro.
Mas as pistas não param aí. É preciso ter mais informações. Assim, buscando informar ao leitor o que há de consensual nos estudos prospectivos quanto ao futuro das profissões e do emprego no mundo, encontrou-se na Revista @prender mais de 100 fontes de informações sobre o tema e se selecionou as principais tendências mundiais, quanto o mercado de trabalho e as profissões.
Setores de maior probabilidade de crescimento para as próximas décadas
· Informática;
· Saúde;
· Meio Ambiente;
· Turismo, lazer e entretenimento;
· Biotecnologia;
· Administração;
· Tecnologia da Informação;
· Terceiro Setor;
· Educação.
"Profissões do Futuro"
· Administradores de Comunidades Virtuais.
· Engenheiros de Rede.
· Gestor de Segurança na Internet.
· Coordenadores de Projetos.
· Consultor de Carreiras.
· Coordenadores de Atividades de Lazer e Entretenimento.
· Designer e planejador de Games.
· Gestor de Patrocínios.
· Gestor de Empresas do Terceiro Setor.
· Especialista na preservação do Meio Ambiente.
· Engenharia Genética.
· Gerentes de Terceirização.
· Gestor de Relações com o Cliente.
· Especialista em Ensino a Distância (EAD).
· Tecnólogo em Criogenia.
Profissões de Futuro (com possibilidade de crescimento)
· Turismo;
· Hotelaria;
· Sistema de Informações (Informática);
· Comunicação Social;
· Moda;
· Administração;
· Gastronomia;
· Logística;
· Marketing;
· Telecomunicações;
· Comércio Exterior e Relações Internacionais.
O encolhimento e o desaparecimento de diversos mercados de trabalho é um movimento que já vem sendo acompanhado há mais de duas décadas. Só agora, no entanto, ele se configura como irreversível. Não há governo ou sindicato que possa alterar esse quadro. Absolutamente nada poderá deter a marcha da imprevisibilidade. Profissões desaparecerão, mas novas oportunidades surgirão. O que as pessoas precisam entender é que as coisas não serão mais como eram antes. O mundo passa por grandes mudanças e transformações. É natural, pois, que as necessidades de trabalho também mudem. É preciso ficar atento quanto ao mercado de trabalho, para não se cair em decepção.

(Texto do blog de Luisa Galvão Lessa)

A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE EDUCAR

Fonte: Imagem colhida na Internet em 02/07/2011 – Autoria desconhecida

Verdade incontestável é a sociedade moderna viver uma crise, sem precedentes, de valores éticos e morais. E o fato de uma professora fazer essa constatação, não surpreende, considerando ser na escola, maior parte das vezes, que essa crise torna-se muito evidente. Há um distanciamento entre escola, famílias, sociedade, quando são setores que devem caminhar de mãos entrelaçadas.
Nunca a escola discutiu tanto, quanto hoje, temas como violência, falta de limites, desrespeito, desmotivação, ausência de apoio familiar, desinteresse dos alunos, violência escolar. Também nunca se viu tantos professores cansados, estressados, desmotivados, doentes física e mentalmente como agora. Nunca os sentimentos de impotência e frustração estiveram tão marcantemente presentes na vida escolar como estão nos dias atuais.
O sistema educacional brasileiro, massificado, nas últimas décadas, não dispõe de capacidade de reação para atender às demandas dos alunos. Uma pequena reivindicação leva meses, anos, onde esforços e energias são despendidos para nada. O sistema gestor do país não tem respostas rápidas aos gritos das redes de ensino. Tudo leva grande tempo para acontecer. Não há urgência!
Nas escolas, os professores, em grau de desespero, procuram encontrar formas para superar dificuldades, controlar conflitos e ministrar conteúdos. Desse jeito, se o Governo insiste em burocratizar a política educacional os professores não conseguirão ensinar e, menos ainda, educar os jovens. Isso porque a escola vem assumindo, também, o papel da família cada vez mais ausente. E os conflitos são de toda ordem, desde a violência, a fome, a insegurança, a miséria, a desestrutura familiar, problemas de habitação, saúde, lazer, ausência de valores éticos, morais, religiosos.
Nesse cenário, grande questão se impõe: Até quando a escola vai continuar assumindo, isoladamente, a responsabilidade de educar? A resposta está repleta de reflexões sobre o papel da escola, dos professores, do Governo, da sociedade, das famílias e o mundo complexo dos alunos.
Na atual sociedade observam-se mudanças significativas na forma como as famílias se encontram estruturadas. Aquela família tradicional já não existe. Atualmente, existem famílias dentro de outras famílias. Com as separações e os novos casamentos, aquele núcleo familiar tradicional cedeu lugar às diferentes famílias vivendo sob o mesmo teto. Esses contextos familiares geram uma sensação de insegurança e até mesmo de abandono, pois a idéia de pai e mãe cuidadores, cede lugar para diferentes pais e mães “gerenciadores” de filhos que nem sempre são seus.
Depois, a sociedade exige que pais e mães assumam posições cada vez mais competitivas no mercado de trabalho, enquanto antigamente as funções exercidas, dentro da família, eram bem definidas. Pai e mãe, além de assumirem diferentes papéis, conforme as circunstâncias, passam os dias fora de casa para suas atividades profissionais. Sabem-se de crianças e adolescentes que ficam aos cuidados de parentes, ou pessoas estranhas. Maior parte das vezes, as crianças ficam sozinhas, entretidas na rua, em casa diante da TV ou plugadas na Internet. Esses jovens escolhem o jeito próprio de viver. Não há quem os oriente, afinal eles ficam abandonados e muitos só vêm os pais à noite. Natural surgir os conflitos.
Esses conflitos acabam agravando-se quando a escola tenta intervir. E, muitos pais, por trabalharem fora, ou não serem “verdadeiros pais”, delegam responsabilidades à escola. Contudo não aceitam quando essa mesma escola exerce o papel que deveria ser deles. Ou seja, os pais que não têm condições emocionais farão de tudo para encontrar argumentos e pinçar fatos, a fim de imputar aos professores, à escola, o fracasso do filho. Fica uma situação descontrolada. Nem a escola controla a criança e nem os pais.
É importante compreender que, apesar de todas as situações aqui expostas, o objetivo não é condenar ou julgar. Verifica-se, apenas, que ao longo dos anos, gradativamente, a família, por força das circunstâncias de vida, tem transferido para a escola a tarefa de formar e educar seus filhos. Entretanto, essa situação não mais se sustenta. É preciso trazer, o mais rápido possível, a família para dentro da escola. É preciso que ela passe a colaborar de forma mais efetiva com o processo de educar. É preciso, portanto, compartilhar responsabilidades e não transferi-las.
Nesse contexto, a família deve ser o espaço indispensável para garantir a sobrevivência e a proteção integral dos filhos, independentemente do arranjo familiar que tenha sido feito: pai, padrasto, mãe, madrasta, pai separado, mãe separada. Enfim, os filhos devem ser amparados, protegidos e educados para a cidadania.
Para finalizar, apontam-se algumas estratégias que se não trazem soluções definitivas, podem apontar caminhos para futuras reflexões. Antes de tudo é preciso compreender que quando houver parceria entre escola, família, governos, alunos, professores, muitos dos conflitos serão, gradativamente, superados. No entanto, para que isso possa ocorrer é necessário que a família participe da vida escolar de seus filhos. Pais e mães devem comparecer à escola não apenas para entrega de avaliações ou quando a situação já estiver fora de controle. O comparecimento e o envolvimento devem ser permanentes e, acima de tudo, construtivos, para que a criança e o jovem possam se sentir amparados, acolhidos, protegidos, amados.

(Texto do blog de Luíza Galvão Lessa)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

TEXTO: CÂNTICO DA ROTINA

DIREITOS DO TRABALHADOR

Todo trabalhador tem direito a bocejar
Todo trabalhador tem direito a ganhar flores
Todo trabalhador tem direito a sonhar
Todo trabalhador tem direito a ir ao banheiro
Todo trabalhador tem direito a manteiga no pão
Todo trabalhador tem direito a promoção
Todo trabalhador tem direito a ver o pôr-do-sol
Todo trabalhador tem direito a um cafezinho
Todo trabalhador tem direito a ler um livro
Todo trabalhador tem direito a um rádio de pilha
Todo trabalhador tem direito a sorrir
Todo trabalhador tem direito a ganhar um sorriso alheio
Todo trabalhador tem direito a ficar gripado
Todo trabalhador tem direito a peru no Natal
Todo trabalhador tem direito a festa de aniversário
Todo trabalhador tem direito de jogar pelada
Todo trabalhador tem direito a dentista
Todo trabalhador tem direito a andar nas nuvens
Todo trabalhador tem direito a tomar sol
Todo trabalhador tem direito a sentar na grama
Todo trabalhador tem direito a viagem de férias
Todo trabalhador tem direito a catar as conchas numa praia deserta
Todo trabalhador tem direito a dizer o que pensa
Todo trabalhador tem direito a pensar
Todo trabalhador tem direito a saber porque trabalha
Todo trabalhador tem direito a se olhar no espelho
Todo trabalhador tem direito a seu corpo e sua alma

Porque nosso corpo não é uma máquina. Em nosso corpo há vida. (...)
É preciso haver sempre uma relação entre prazer e trabalho, entre satisfação pessoal e contribuição, é uma relação individual com a natureza.
Uma relação íntima entre o movimento da mão e o pensamento. Nenhum ser humano deve trabalhar como se fosse uma máquina. O trabalha tem de servir ao aprimoramento de nosso ser e dar significado à nossa existência.

Ana Miranda

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Filme: Mandela - Luta pela Liberdade

Olá pessoal,

Segue informações sobre o filme MANDELA - LUTA PELA LIBERDADE, que assistimos hoje.

Informações Técnicas
Título no Brasil:  Mandela - Luta pela Liberdade
Título Original:  Goodbye Bafana
País de Origem:  Alemanha / França / Bélgica / África do Sul / Itália / Inglaterra / Luxemburgo
Gênero:  Drama
Classificação etária: 10 anos
Tempo de Duração: 140 minutos
Ano de Lançamento:  2007
Estréia no Brasil: 10/10/2008

Muito se conhece a respeito da história de Nelson Mandela, advogado e um dos maiores líderes do movimento anti-Apartheid, na África do Sul – por causa da luta, Mandela ficou preso por 27 anos, até ser libertado e, posteriormente, ser eleito o primeiro presidente da história do país em uma eleição totalmente democrática. O filme “Mandela – A Luta Pela Liberdade”, do diretor Bille August, nos apresenta à batalha do líder africano utilizando como ponto de vista o olhar de um homem cuja vida ele modificou profundamente.

James Gregory (Joseph Fiennes) trabalhava como guarda no sistema penitenciário quando, em busca de uma vida melhor para a família, aceitou ser transferido para a Ilha Robben, prisão que abrigava aqueles que eram considerados os maiores terroristas da África do Sul. Gregory foi criado em uma fazenda, no interior africano, e conhecia os dialetos das tribos – por isso foi o candidato perfeito para ser o censor da área em que se encontravam presos Nelson Mandela (Dennis Haysbert), entre outros líderes do Congresso Nacional Africano (CNA), partido que lutava contra o Apartheid.

O trabalho de vigiar as visitas e as correspondências dos líderes do CNA, especialmente as de Nelson Mandela, pelo período de 27 anos, fazem com que James Gregory olhe a causa pela qual eles lutavam de uma outra forma. O interessante é perceber que a mudança vista em Gregory acaba tendo uma influência positiva em sua esposa Gloria (Diane Kruger), que era racista e acreditava que tipos como Mandela eram os piores do universo, e nos seus dois filhos, que acabam indo cursar a universidade por causa dos ensinamentos de Nelson.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

INSTITUIÇÕES SOCIAIS


 

O que são instituições?
Instituição social é o conjunto de regras e procedimento padronizados, reconhecidos, aceitos e sancionados pela sociedade e que têm grande valor social. São os modos de pensar, de sentir e de agir que a pessoa encontra preestabilidade e cuja mudança se faz muito lentamente, com dificuldade.
As principais instituições sociais são: a instituição familial, a instituição educativa, a instituição religiosa, a instituição jurídica, a instituição econômica e a instituição política.

A família
A família é o primeiro grupo social a que pertencemos. É um tipo de agrupamento social cuja estrutura em alguns aspectos varia no tempo e no espaço. Essa variação pode ser quanto ao número de casamentos, quanto á forma de casamento e quanto ao tipo de família e autoridade.
A família pode ser classificada em dois tipos básicos: família conjugal ou nuclear e família consangüínea ou extensa.
Família conjugal ou nuclear é o grupo que reúne o marido, a esposa e os filhos. Família consangüínea ou extensa é a que reúne, além do casal e seus filhos, outros parentes, como avós, netos, genros e noras.
Podemos citar como funções principais da família: função sexual, reprodutiva, econômica e educacional. As duas primeiras garantem a satisfação das necessidades sexuais dos cônjuges e perpetuam, pelo nascimento dos filhos, a espécie humana. A função econômica assegura os meios de subsistência e bem-estar. A função educacional é responsável pela transmissão á criança dos valores e padrões culturais da sociedade. A família é a primeira agência que socializa a criança.

Autoridade ® Quanto á autoridade, a família pode ser:

- Patriarcal – se a figura central é o pai, possui autoridade de chefe sobre a mulher e os filhos.
- Matriarcal – em que a figura central é a mãe, havendo, portanto predominância da autoridade feminina.
- Nuclear ou Igualitária – onde a autoridade pode ser mais equilibrada entre os cônjuges, dependendo das situações, ações ou questões particulares.

União e casamento
Nas sociedades, em geral, há duas formas de relações entre os sexos: união e casamento.
União consiste no ajuntamento de indivíduos de sexos opostos sob a influencia do impulso sexual.Os cônjuges são chamados de “amigados“, “amaciados”, etc...A união pode ser temporária, frouxa (com divorcio fácil), ou indissolúvel (sem divórcio, com ou sem desquite).
O Concubinato é um tipo de união. Consiste na união livremente consentida, estável e de fato, entre um homem e uma mulher, mas não sancionada pelo casamento. Pode ser legal ou não.
O Matrimônio ou casamento é o método de uma família elementar diferente daquela em que nasceu. Assim, em cada sociedade, um adulto, um normal pertence a duas famílias nucleares: a de orientação (onde nasceu) e a de procriação (que constituiu). Na primeira, ele é filho e irmão; na segunda, marido e pai.
O matrimonio cria novas relações sociais e direitos recíprocos entre os cônjuges e entre cada um deles e os parentes do outro. Estabelece, também, direitos e status dos filhos.
Modalidades de casamentos. Em relação ao numero de cônjuges, os casamentos podem ser monogâmicos ou poligâmicos.
A Monogamia consiste no casamento de um homem ou uma mulher com apenas um cônjuge, como ocorre na sociedade ocidental.
A Poligamia consiste no casamento do homem ou da mulher com dois ou mais cônjuges.

O aparelho ideológico da família
Queiramos ou não, a família recebe grande influência do modo de reprodução em que está inserida. As relações básicas duma sociedade irão influenciar. Direta ou indiretamente, a estrutura familiar.
No modo de reprodução capitalista, a família que não é consciente, que não se vigia, prepara os elementos para a produção, forma cidadãos de acordo com as necessidades do sistema.
No exame da maioria de nossas famílias percebe-se que elas reproduzem relações de poder da sociedade em que vivem.
As relações de dominação se estabelecem por dois critérios:

1- O critério de idade: quem é mais velho, pode mais e sabe mais.

2- O critério sexo: o homem manda mais que a mulher. Para os homens são permitidos certos comportamentos, certas regalias que de nenhuma maneira são permitidos a mulher. Dentro do processo de socialização primaria, o menino já é educado diferentemente, para ser “o chefe”, para decidir, tomar iniciativa. A menino vai cuidar das coisas de casa, vai “servir” ao marido, cuidar das crianças. Mais uma vez as diferenças sexuais servem para a reprodução das relações de dominação, pois quando se chegar ao trabalho, teremos novamente essas diferenças já consagradas e legitimadas. No trabalho, a mulher, como regra, vai receber menos, mesmo que faça o mesmo trabalho que o homem.

A Igreja
Todas as sociedades conhecem alguma forma de religião. A religião é um fato social universal, sendo encontrada em toda parte e deste os tempos mais remotos.
Cada povo tem sua cultura própria, tem o culto ao sobrenatural como motivo de estabilidade social e de obediência ás normas sociais. O homem procura algo sobrenatural que lhe transmita paz de espírito e segurança. A religião sempre desempenha uma função social indispensável. Geralmente, todos se unem numa comunidade espiritual chamada Igreja.

Formas de religião
 
Hinduísmo: O dogma básico é a transmigração; doutrina segundo a qual cada ato da alma tem efeitos permanentes sobre o seu destino: a alma reencarnará, como animal ou como homem, dependendo de seu comportamento.
Budismo: O budismo constitui-se numa série de regras e modos de vida cuja finalidade é purificar o individuo para alcançar o Nirvana, estado de transcendência espiritual, com desapego das coisas terrestres: significa vitória sobre a dor, a morte, a transmigração carmâmica e sobre a própria individualidade.
Confucionismo: As forças celestes, a terra e o homem formam um todo harmônico, determinado por duas forças cósmicas correspondentes e opostas. A idéia de Deus aparece principalmente como um princípio cósmico imaterial. Confúcio criou uma série de práticas morais e regras de conduta social.
Misto de filosofia e religião, o confucionismo fundamenta-se no culto aos antepassados e ao lar.
Judaísmo: Há uma esperança de salvação da humanidade após a vinda do Messias. É uma doutrina revelada pelos profetas, sendo Moises o maior deles. Para os judeus, os livros sagrados são: o Pentateuco, os Profetas e os Escritos Sagrados (denominados pela Igreja Cristã de Antigo Testamento).
Cristianismo: A base da teologia cristã é a crença em um Deus único, que subsiste em três pessoas (Pai, Filho, e Espírito Santo). A salvação a humanidade foi alcançada pelo sacrifício de cristo que é revivido pela celebração da igreja.
 Islamismo: Juntamente com o Judaísmo e o Cristianismo, o Islamismo forma as três grandes religiões monoteísta.A principal profissão de fé do maometismo é a existência de um Deus supratemporal chamado Alá, do qual Maomé é o profeta. O livro sagrado denomina-se Corão e contém preceitos religiosos, concepção de vida e normas de comportamento. Meca é a cidade sagrada, á qual, se possível, cada crente deve fazer peregrinação, ao menos uma vez na vida.

O aparelho ideológico das Igrejas

A religião como superestrutura. A religião é superestrutura quando se torna um conjunto de mediações simbólicas e gestos rituais, quando se torna doutrina explicativa do mundo, a serviço de nações e impérios.
A religião infra-estrutura: a essência da religião infra-estrutura é o reconhecimento da relatividade das coisas, do criado. Ela não se situa na instância ideológica, mas é posição, atitude, práxis. Ela é utópica, é uma posição de antecipação criadora e de crítica ao presente.
 
O Estado
O Estado é a instituição social que tem a exclusividade, o monopólio da violência legítima; e assim é porque a lei lhe confere o direito de recorrer á violência, caso isso seja necessário.
O poder e a autoridade centralizam-se de maneira mais clara no Estado. Desse modo, o Estado é uma das agências mais importantes de controle social; o Estado executa suas funções por meio da lei, apoiado em ultima instância no uso da força.



O Estado constitui-se de quatro elementos:
 
território – é a base física do Estado, sobre a qual exerce sua jurisdição;

população – é composta pelos habitantes do território;

governo – é o grupo de pessoas colocadas á frente dos órgãos fundamentais do Estado e que seu nome exercem o poder público.

Constituição – onde está expresso as leis e demais normas de convivência social. (pode ser escrita ou não)

 

Estado, nação e governo

Estado é diferente de nação. A nação é um conjunto de pessoas ligadas entre si por vínculos permanentes de idioma, religião, valores. O Estado é, portanto, a nação com um governo. Porém, estado é diferente de governo. Estado é uma instituição social permanente e governo é um elemento transitório do Estado.

O Estado pode ter as seguintes formas de governo:

- monarquia – o governo é exercido por uma só pessoa (o rei ), que herda o poder e o mantém até a morte ou renúncia;

- república – o poder é exercido por representantes eleitos periodicamente pela população;

- ditadura – uma só pessoa – o ditador – impõe a sua vontade e dispõe de poder ilimitado.


Funções do Estado

Nas sociedades modernas pode-se dizer que cabe ao Estado três finalidades:

- garantir a soberania – manter a ordem interna e a segurança externa, a integridade territorial e o poder da decisão;

- manter a ordem – as leis estabelecem o que deve ou não ser feito, o que pode ser feito, e prescrevem as punições por sua violação. O Estado é a instituição autorizada a decretar, impor, administrar e interpretar as leis na sociedade moderna;

-promover o bem-estar social – propiciar a população de um Estado a ordem interna e externa, a paz, o respeito as leis, promovendo á justiça, dispor de meios suficientes para atender as necessidades humanas em seus diferentes aspectos: físico, moral, espiritual, psicológico e cultural; manter a ordem social, através de leis existentes ou redigindo novas, que reajustam a própria ordem, quando as condições de mudanças o exigirem.