Sejam Bem Vindos!

Este blog foi criado para melhor interação com meus alunos do Ensino Médio, facilitando a comunicação, troca de infromações e conteúdos. Espero que seja útil a todos que se interessam pelos temas abordados.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Para 2013...

Desejo a todos - alunos, colegas professores, amigos e visitantes - que 2013 seja um ano maravilhoso, cheio de conquistas e muita paz!!!

Feliz Ano Novo!


MARCAS DO QUE SE FOI (Os Incríveis)

 
Este ano quero paz
No meu coração
Quem quiser ter um amigo
Que me dê a mão...

O tempo passa e com ele
Caminhamos todos juntos
Sem parar
Nossos passos pelo chão
Vão ficar...

Marcas do que se foi
Sonhos que vamos
Ter como todo dia nasce
Novo em cada amanhecer...(2x)

Este ano quero paz
No meu coração
Quem quiser ter um amigo
Que me dê a mão...

O tempo passa e com ele
Caminhamos todos juntos
Sem parar
Nossos passos pelo chão
Vão ficar...

Marcas do que se foi
Sonhos que vamos
Ter como todo dia nasce
Novo em cada amanhecer...(4x)

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O Petróleo será nosso



Royalties do petróleo. Ilustração: Alice Vasconcellos

Medida Provisória fará com que 100% dos royalties do petróleo vão para a Educação

A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta sexta-feira, 30 de novembro, que irá editar uma Medida Provisória (MP) para destinar à Educação 100% dos royalties provenientes dos contratos futuros de exploração de petróleo no Brasil. A decisão vem ao encontro das reivindicações das organizações que defendem o direito à Educação e será fundamental para que o investimento na área chegue aos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) exigidos no Plano Nacional de Educação (PNE), em votação no Senado.
 
O anúncio foi feito em meio aos debates sobre a lei 2.565/11, que modifica a maneira como os royalties são distribuídos no país. O texto havia sido aprovado pelo Congresso e estava nas mãos da presidente. Ela optou por vetar o artigo 3º, que diminuía a parcela de recursos que vai hoje para os estados e municípios produtores de petróleo. Com isso, as novas regras só valem para contratos futuros.

Com relação à Educação, não havia nada na lei que vinculasse os royalties à área. Para resolver a questão, a presidente optou por editar uma MP que tornará obrigatório aplicar 100% do dinheiro no ensino público. “Só a Educação vai fazer com que o Brasil seja uma nação efetivamente desenvolvida. Não há futuro melhor do que investir na Educação e no povo brasileiro”, comemorou o ministro Aloízio Mercadante, em entrevista coletiva após o anuncio da MP.

Na última semana, NOVA ESCOLA se uniu ao coro que pedia a vinculação dos recursos à Educação e uma melhor gestão dos investimentos, de modo que o país dê o tão esperado salto de qualidade. Entenda melhor como e porquê os royalties são importantes na reportagem “O petróleo tem de ser nosso”.
 

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

O Jovem e o Mercado de Trabalho

ONU lança relatório sobre situação mundial dos jovens no mercado trabalho

6 de fevereiro de 2012 ·

Pela primeira vez, jovens de todo mundo contribuem, por meio de mídias sociais, na elaboração do Relatório Mundial da Juventude, nesta edição intitulado “Emprego de Jovens: Perspectivas da Juventude na Busca de Trabalho Decente em Tempos de Mudança“.
Jovens de todo o mundo estão preocupados com a falta de oportunidades de trabalho e pedem aumento do investimento nesta área, afirma o documento divulgado hoje (06/02) pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (DESA).
Na sequência da crise econômica, a taxa de desemprego global de juventude atingiu seu recorde histórico em 2009, quando cerca de 75,8 milhões de jovens ficaram desempregados. Nas desacelerações econômicas, jovens são muitas vezes os últimos contratados e os primeiros demitidos. Em 2010, a taxa de desemprego global de jovens era 12,6%, muito maior do que a taxa de desemprego mundial adulto de 4,8%.
Hoje, cerca de 152 milhões de trabalhadores jovens são de famílias que estão abaixo da linha da pobreza (vivem com menos de 1,25 dólar por dia), compreendendo 24% dos trabalhadores pobres do mundo.
A diferença de gênero afeta rapazes e moças: em 2010, a taxa de desemprego total dos jovens foi de 25,5% no Oriente Médio e 23,8% no Norte da África. O desemprego entre as moças nessas regiões foi particularmente alto, chegando a 39,4% no Oriente Médio e a 34,1% no Norte de África.
Em 2010, a taxa de desemprego global para jovens do sexo feminino foi de 12,9%, comparada com 12,5% para os homens jovens. Nas economias desenvolvidas, na União Europeia e no leste da Ásia, o homem jovem tem experimentado taxas de desemprego ligeiramente mais elevadas do que as mulheres jovens.
Para elaborar o relatório, a ONU contatou jovens e representantes de organizações de jovens que foram convidados a compartilhar, por meio de plataformas digitais e mídias sociais, suas opiniões, experiências e recomendações sobre a preparação para ingressar, como ter o acesso e como permanecer no mercado de trabalho. Foram recebidas aproximadamente 1,1 mil contribuições (incluindo fotos e vídeos) durante quatro semanas.
O relatório revela também que os jovens estão preocupados com a qualidade e a relevância de sua educação, como diz Amadou, um rapaz senegalês de 24 anos: “Hoje, deveria ser mais fácil encontrar um emprego porque nossa geração é mais educada, mas há uma inadequação entre a formação oferecida e as necessidades do mercado de trabalho.”
Outros assuntos de interesse incluem a vulnerabilidade do trabalho, a migração laboral, o atraso no casamento, bem como idade, sexo e discriminação racial.
Mas as oportunidades oferecidas pelos empregos verdes, novas tecnologias e empreendedorismo contribuem para proporcionar esperança para os jovens, que também salientam a necessidade de ser pró-ativo e manter uma visão positiva para encontrar empregos decentes, como diz o espanhol Leo, de 28 anos: “Precisamos inovar, arriscar, criar.”

http://www.onu.org.br/onu-lanca-relatorio-sobre-situacao-mundial-dos-jovens-no-mercado-trabalho/
 

A Mulher e o Mercado de Trabalho

Condição feminina no mercado de trabalho está longe da igualdade com homens, diz OIT

 
Estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) revela que a condição feminina no mercado de trabalho “está longe” da igualdade em relação aos homens.
Da Agência Brasil
 
Estudo divulgado hoje (11) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) revela que, mesmo com avanços obtidos nos últimos anos, a condição feminina no mercado de trabalho “está longe” da igualdade em relação aos homens.
O relatório O Desafio do Equilíbrio entre Trabalho, Família e Vida Pessoal mostra que a maior participação feminina no mercado de trabalho gera o desafio de se criar condições para que as mulheres possam concorrer de forma mais justa com os homens pelos postos de trabalho.
Elaborado em parceria com a Secretaria Especial de Política para as Mulheres, o documento aponta que, dentre os fatores que contribuem para o quadro de desigualdade, está a maior dificuldade para as mulheres de conciliar trabalho e família.
Isso porque, conforme observa o estudo, há uma mudança em ritmo muito lento da divisão sexual do trabalho doméstico. “O modelo homem-provedor e mulher-cuidadora ainda vigente permite que a mulher continue arcando em forma unilateral, quando não exclusiva, com as atividades de cuidado e assistência aos membros da família e seu engajamento no mercado de trabalho permanece marcado por esse papel”, diz trecho da conclusão do estudo.
Para a OIT, essa característica “se evidencia tanto através do exame das carreiras que são tipicamente femininas, quanto pelas dificuldades de conciliar maternidade e profissão”. Para mudança desse quadro, a OIT sugere, por exemplo, a ampliação de políticas públicas voltadas para as mulheres, como a construção de creches públicas e pré-escolas.
“Os serviços públicos de cuidado com crianças, como é o caso de creches e pré-escolas, são fundamentais neste aspecto, dada sua possibilidade de também atuar como mecanismos de diminuição do peso e da quantidade de atividades de cuidado realizadas pela família”, diz o relatório.
Como são as mulheres as protagonistas principais dessas atividades, a existência e a ampliação desses serviços também para os homens podem ajudar a reorganizar o modelo homem-provedor e mulher-cuidadora, na medida em que ampliam o tempo que as mulheres podem dedicar ao trabalho remunerado e/ou à sua vida pessoal.”
O relatório sugere ainda que as políticas de equilíbrio entre trabalho, família e vida pessoal devem compatibilizar os trabalhos não remunerados com os remunerados, por meio de ações que tornem o exercício do trabalho mais compatível com as responsabilidades familiares, e reconhecer tanto o papel econômico e produtivo das mulheres, quanto o papel dos homens como cuidadores.
O estudo compreende as relações de trabalho na América Latina e no Caribe, onde há mais de 100 milhões de mulheres inseridas no mercado de trabalho.
 

O DIA DO TRABALHADOR

 
O dia 1 de Maio foi escolhido como Dia do Trabalhador como homenagem aos trabalhadores que, nos primeiros dias de Maio de 1886, em Chicago, nos EUA, participaram em manifestações defendendo a redução do dia de trabalho para 8 horas. As manifestações foram reprimidas pela polícia, tendo-se registado dezenas de mortos e feridos. Muitos trabalhadores foram presos e alguns foram condenados a grandes penas de prisão ou mesmo à morte.

Depois destas e outras manifestações, os EUA e vários outros países foram pouco a pouco reduzindo o dia de trabalho para 8 horas.

Por curiosidade: o Dia do trabalhador nos EUA é comemorado na primeira segunda-feira do mês de Setembro.

(As fotografias são da autoria do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado e fazem parte de uma série chamada “Trabalho”.)

Monogamia e poligamia

 

Casamento Antigo MilosHarem poligamia poliginia
Nas sociedades ocidentais, o casamento e, por conseguinte, a família, está associado à monogamia. É ilegal que um homem ou uma mulher sejam casados com mais de um indivíduo simultaneamente. Contudo, esta situação não se verifica a nível mundial.
Numa famosa comparação, que envolvia várias centenas de sociedades em meados do século XIX, George Murdock descobriu que a poligamia – que permitia que um homem ou uma mulher tivessem mais de um cônjuge - era permitida em mais de 80 por cento delas.
Existem dois tipos de poligamia: a poliginia, na qual um homem pode ser casado com mais de uma mulher ao mesmo tempo; e a poliandria, muito menos comum, na qual uma mulher pode ter simultaneamente dois ou mais maridos.
 
Anthony Giddens, Sociologia, 5ª edição, F. C. Gulbenkian, 2007, Lisboa, pág. 175.

 


terça-feira, 13 de novembro de 2012

Dicas para se comportar em redes sociais

 



7 recomendações para construir uma imagem positiva na internet e atrair os recrutadores.
Por Rômulo MartinsPor Rômulo Martins
 
Já se imaginava, mas agora é certo. Os recrutadores olham sim o perfil online dos profissionais que buscam emprego. E é bom tomar cuidado. Pesquisa realizada pela Robert Half, empresa de recrutamento especializado, revelou que segundo 44% dos recrutadores brasileiros aspectos negativos nas redes sociais seriam suficientes para desclassificar um candidato no processo de seleção.
“O entrevistador não se pauta por algo isolado, mas une diversas informações a respeito do candidato. A rede é um espaço público”, lembra Marisa Silva, consultora da Career Center. Ao Empregos.com.br a consultora elencou sete pontos fundamentais para você construir uma imagem positiva no ambiente digital e chamar a atenção dos recrutadores. Confira.
 
1. Em redes profissionais, fale de assuntos profissionais
Se você possui conta em uma rede social voltada a profissionais, como o Linkedin, o relacionamento entre os contatos deve ser pautado pela formalidade. “Não fale de sua vida pessoal”, dispara Marisa. Nesse caso, até a imagem de perfil deve ser adequada ao formato da rede.
2. Coloque fotos ‘saudáveis’
As imagens publicadas nos perfis podem revelar hábitos saudáveis ou reprováveis. Segundo Marisa, é interessante publicar fotos de viagens, festas ou de momentos com a família. Mas evite imagens de cunho jocoso, como fotografias de poses sensuais. Pega mal.
3. Ao abordar o ‘amigo’ tenha bom senso
Apresente-se antes de enviar convites para se conectar com outras pessoas. É de bom tom explicar de onde conhece o contato ou quem o indicou. Jamais peça emprego. Aproveite o espaço para trocar informações sobre sua carreira e o mercado de trabalho.
4. Dê opiniões construtivas
Interaja e posicione-se sobre os temas discutidos entre os seus contatos, propondo sugestões para a problemática. Mas evite participar de grupos polêmicos, que aludam à discriminação ou violência. “É preciso tomar cuidado com opiniões muito radicais”, sinaliza a consultora Marisa Silva.
5. Preserve-se
Não precisa falar sobre todos os seus passos nas redes sociais. Ficar a todo o momento no Twitter, Orkut ou Facebook descrevendo a sua rotina é desinteressante e pouco criativo. Se isso for inevitável para você, selecione o nível de privacidade desejado em seu perfil.
6. Crie a sua identidade online
Fale de coisas que interessem a você e possam interessar aos outros. Isso aumenta as chances de interação entre os contatos e proporciona a troca de informações. “Se você gosta de vinho divulgue notícias sobre vinhos. Essa postura poderá influenciar as pessoas positivamente”, sublinha Marisa.
7. Não fale mal de pessoas ou empresas
Falar mal do ex-chefe, colega de trabalho ou das empresas nas quais atuou é pecado mortal. Muito provavelmente mina a sua continuidade em um processo seletivo – caso o recrutador flagre essa conduta. Além disso, é uma atitude antiética. O melhor a fazer é ceder à tentação.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Aula de campo - 1003

Hoje, 31/10, tivemos uma experiência muito bacana.

Eu e o professor Ruy (filosofia) levamos a turma 1003 - Escola Matias Neto - para uma aula de campo sobre Socialização, na Praça Veríssimo de Melo - Macaé. Lá também participamos do Projeto Cultural Heterogênese Urbana, com música e explanação sobre ética, consumismo, convivência, etc..

Para conhecer melhor o projeto acesse: http://heterogeneseurbana.org/

Veja fotos:






terça-feira, 30 de outubro de 2012

Enem 2012 - 3º ano

Olá galera do 3º ano,

Segue abaixo dica de um blog que contém simulados, questões de enem e vestibulares de várias faculdades com correção. Vale a pena conferir... bons estudos e boa prova!

http://contextoshistoricos.blogspot.com.br/

Também podem estudar através do site abaixo:

http://vestibular.uol.com.br/provas-gabaritos/por-faculdade.jhtm


"Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre."

Questões Enem para estudo

SOCIOLOGIA

TERCEIRO ANO


46. (ENEM 2011) Os três tipos de poder representam três diversos tipos de motivações: no poder tradicional, o motivo da obediência é a crença na sacralidade da pessoa do soberano; no poder racional, o motivo da obediência deriva da crença na racionalidade do comportamento conforme a lei; no poder carismático, deriva da crença nos dotes extraordinários do chefe.

 
BOBBIO, N. Estado, Governo, Sociedade: para uma teoria geral da política. São Paulo: Paz e Terra, 1999 (adaptado).


O texto apresenta três tipos de poder que podem ser identificados em momentos históricos distintos. Identifique o período em que a obediência esteve associada predominantemente ao poder carismático:


a) República Federalista Norte-Americana.

b) República Fascista Italiana no século XX.

c) Monarquia Teocrática do Egito Antigo.

d) Monarquia Absoluta Francesa no século XVII.

e) Monarquia Constitucional Brasileira no século XIX.


 
47. (UEL - 2008) De acordo com Max Weber, a Sociologia significa: “uma ciência que pretende compreender interpretativamente a ação social e assim explicá-la casualmente em seu curso e em seus efeitos.” Por ação social entende-se as ações que: “quanto ao seu sentido visado pelo agente, se refere ao comportamento dos outros, orientando-se por este em seu curso.”

(WEBER, M. Economia e sociedade. Traduzido por Regis Barbosa e Karen Elsabe Barbosa. vol. I. Brasília: Editora UnB, 2000. p. 3)


 
Com base no texto, considere as afirmativas a seguir:


I. “Mesmo entre gente humilde, porém, funcionava o sistema de obrigações recíprocas. O nonagentário Nhô Samuel lembrava com saudade o dia em que o pai, sitiante perto de Tatuí, lhe disse que era tempo de irem buscar a novilha dada pelo padrinho... Diz que era costume, se o pai morria, o padrinho ajudar a comadre até ‘arranjar a vida’. Hoje, diz Nhô Roque, a gente paga o batismo e, quando o afilhado cresce, nem vem dar louvado (pedir a benção).”

(CANDIDO, A. Os Parceiros do Rio Bonito. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1982. p. 247.)

 
II. “O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral. A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas.”

(CUNHA, E. Os Sertões. São Paulo : Círculo do Livro, 1989. p. 95.)



III. “Não há assim por que considerar que as formas anacrônicas e remanescentes do escravismo, ainda presentes nas relações de trabalho rural brasileiro, [...], dando com isso origem a relações semi-feudais que implicariam uma situação de ‘latifúndios de tipo senhorial a explorarem camponeses ainda envolvidos em restrições da servidão da gleba’. Isso tudo não tem sentido na estrutura social brasileira.”


(PRADO Jr., C. A Revolução Brasileira. São Paulo : Brasiliense, 1987. p. 106.)

 

IV. “O coronel, antes de ser um líder político, é um líder econômico, não necessariamente, como se diz sempre, o fazendeiro que manda nos seus agregados, empregados ou dependentes. O vínculo não obedece a linhas tão simples, que se traduziriam no mero prolongamento do poder privado na ordem na ordem pública [...] Ocorre que o coronel não manda porque tem riqueza, mas manda porque se lhe reconhece esse poder, num pacto não escrito.”


 
(FAORO, R. Os donos do poder. v. 2. Porto Alegre: Editora Globo, 1973. p. 622.)


Correspondem ao conceito de ação social citado anteriormente somente as afirmativas


 
a) I e IV.

b) II e III.

c) II e IV.

d) I, II e III.

e) II, III e IV.


48. (UEL - 2008) Sobre a exploração do trabalho no capitalismo, segundo a teoria de Karl Marx (1818-1883), é correto afirmar:

 
a) A lei da hora-extra explica como os proprietários dos meios de produção se apropriam das horas não pagas ao trabalhador, obtendo maior excedente no processo de produção das mercadorias.

b) A lei da mais valia consiste nas horas extras trabalhadas após o horário contratado, que não são pagas ao trabalhador pelos proprietários dos meios de produção.

c) A lei da mais-valia explica como o proprietário dos meios de produção extrai e se apropria do excedente produzido pelo trabalhador, pagando-lhe apenas por uma parte das horas trabalhadas.

d) A lei da mais valia é a garantia de que o trabalhador receberá o valor real do que produziu durante a jornada de trabalho.

e) As horas extras trabalhadas após o expediente constituem-se na essência do processo de produção de excedentes e da apropriação das mercadorias pelo proprietário dos meios de produção.


49. (PITÁGORAS) Leia os trechos selecionados dos autores Antônio Cândido e Saulo Ramos.

 
Trecho 1

“Na sociedade caipira a sua manifestação mais importante é o mutirão, cuja origem tem sido objeto de discussões. Qualquer que ela seja, todavia, é prática tradicional. (...) Consiste essencialmente na reunião de vizinhos, convocados por um deles, a fim de ajudá-lo a efetuar determinado trabalho: derrubada, roçada, plantio, limpa, colheita, malhação, construção de casa, fiação, etc. Geralmente os vizinhos são convocados e o beneficiário lhes oferece alimento e uma festa, que encerra o trabalho. (...) Um velho caipira me contou que no mutirão não há obrigação para com as pessoas, e sim para com Deus, por amor de quem serve o próximo; por isso a ninguém é dado recusar auxílio pedido.”

 
(ANTONIO CANDIDO. Os parceiros do Rio Bonito. 9. ed. São Paulo: Livraria Duas Cidades; Editora 34, 2001. p. 87-89.)


Trecho 2

“Saí de lá matutando, Santo Deus, o que estou fazendo aqui, neste tumultuado momento do meu país? Afinal, nasci em Brodowski, terra de Cândido Portinari, nosso conterrâneo mais importante. Podia ter ficado por lá. Eu era apenas um dos meninos de Brodowski, aquela linda pintura com que Candinho encantou o mundo. Eu não devia nunca ter saído do quadro do Cândido Portinari. Talvez hoje fosse o dono do armazém ou da farmácia e sentaria numa cadeira de palha trançada, conversando na calçada com o pessoal que saía do cinema, e passearia na rua, fazendo hora para dormir.”

 

(SAULO RAMOS. Código da Vida. São Paulo: Editora Planeta, 2007. p. 89.)

 
O tipo de vínculo social que relaciona os dois trechos selecionados é a

 
a) Solidariedade Orgânica, pois as cidades como Brodowski apresentam um tipo de relação fundada na divisão do trabalho com extensa variedade de funções capitalistas dentro de suas engrenagens.

b) Solidariedade Mecânica, pois o trabalho nas sociedades caipiras funciona em sistema cooperativo, preservando laços onde todos preservam funções semelhantes na estrutura produtiva, tornando possível o mutirão.

c) Solidariedade Mecânica no trecho 2 e Solidariedade Orgânica no texto 1, pois os textos não têm nenhuma relação social entre si, já que a formação do trecho 2 foi essencialmente urbana e marcada pela presença de profissionais liberais que o influenciaram como professores e advogados.

d) Solidariedade Orgânica onde o país apresentou poucas mudanças nas últimas três décadas, indicando a manutenção de um modelo produtivo dependente, autoritário e indiferenciado.

e) Solidariedade Mecânica no trecho 1 e Solidariedade Orgânica no trecho 2; o processo social do trecho 1 sofreu um processo de modernização que prejudicou as relações de convivência, diferente do trecho 2, onde encontramos um sistema de trabalho individualista e pouco comprometido com as tradições.


 

50. (UNESP) Pode-se afirmar que a Sociologia contemporânea herdou as contribuições de autores considerados clássicos do pensamento sociológico a partir dos quais desenvolveram-se correntes teóricas distintas. Foram eles:

 
a) Émile Durkheim, Theodor Adorno e Max Weber.

b) Karl Marx, Max Weber e Karl Manheim.

c) Max Weber, Karl Marx e Émile Durkheim.

d) Émile Durkheim, Max Weber e Herbert Spencer.

e) Karl Marx, Émile Durkheim e Talcott Parsons.


 

GABARITO

46. resposta:[B]

47. resposta:[A]

48. resposta:[C]

49. resposta:[B]

50. resposta:[C]
 
 

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Possíveis Temas de Redação do Enem 2012

O estudante não deve se preocupar em “saber” qual tema será cobrado pela prova. Ele deve se preocupar, nesses últimos dias, em ler e se informar sobre os principais acontecimentos recentes e ultrapassar os aspectos específicos desses acontecimentos – por exemplo: quando ler sobre a Primavera Árabe, o importante é que o estudante tenha noção de que está tomando conhecimento de um processo bem concreto e específico de luta por direitos políticos; por isso, não há necessidade de “conhecer” previamente o tema da redação, tampouco “decorar” informações específicas.
Célio Tasinafo também aponta alguns temas que podem cair na redação do Enem 2012:
Questões ambientais, especificamente as relacionadas ao código florestal, à energia e à (RIO+20)
Tema constante nas questões da prova de Ciências da Natureza do ENEM e já presente em outros anos na prova de redação (a “máquina de chuva da Amazônia”, do exame de 2008). As polêmicas envolvendo ruralistas e as determinações previstas no código florestal podem aparecer, A redação é, sem dúvida, a parte do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que mais preocupa os participantes. Conseguir uma boa nota na redação do Enem pode ser o diferencial para entrar em alguma universidade federal. Devido à proximidade do Enem 2012, marcado para os dias 3 e 4 de novembro, muitos usuários do Brasil Escola têm nos perguntado o que pode cair como tema da redação do exame. No entanto, é preciso ressaltar que apontar possíveis temas de redação do Enem é sempre um jogo de adivinhação, mas vamos citar alguns.

Copa do Mundo e Olimpíadas
Estamos a dois anos da Copa do Mundo e a quatro das Olimpíadas do Rio de Janeiro. Embora localizados apenas em algumas capitais, os dois maiores eventos esportivos do mundo mobilizam uma nação inteira. A redação do Enem pode cobrar do participante o conhecimento do tema, os aspectos positivos e negativos de sediar os eventos e como se preparar para eles. Mas atenção: só cite dados que podem ser comprovados. Evite, por exemplo, afirmar que a Copa do Mundo é uma “farra do dinheiro público”, se não tiver como provar isso.
 
Cotas
Este ano foi aprovada a Lei das Cotas, obrigando as universidades federais a reservarem metade das vagas para estudantes de colégios públicos até 2016. A lei causou muita polêmica e pode virar tema de redação do Enem. Se cair, o participante terá que se posicionar sobre as cotas e apontar argumentos convincentes. Para isso é importante se informar sobre a lei, saber quem ela beneficia e qual é o seu propósito.
 
Internet para mobilização social
As redes sociais foram tema da redação do Enem no ano passado, mas não é impossível que a internet seja novamente abordada nessa prova. Está cada vez mais comum usar a internet como um meio para a mobilização social, como no movimento mexicano chamado de “Yosoy132”. O participante do Enem poderá ter que dissertar até que ponto a internet é uma ferramenta capaz de mobilizar uma comunidade a protestar contra algo. Há resultados em protestar só pela internet? Qual a melhor forma de usar a internet para isso?
 
Rio+20
A Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável foi realizada em junho, no Rio de Janeiro. A Rio+20 marcou o vigésimo aniversário da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio92), que aconteceu na capital carioca no ano de 1992. A redação do Enem pode cobrar que o estudante disserte sobre desenvolvimento sustentável, a preservação do meio ambiente e até que ponto essa preservação freia o desenvolvimento econômico.
 
Usina de Belo Monte
A construção da Usina de Belo Monte é outro assunto polêmico que pode cair na redação do Enem 2012. É importante que o participante saiba a localização da futura usina, as áreas que serão inundadas ou afetadas pela diminuição da vazão do rio, o benefício de sua construção e os possíveis prejuízos ao meio ambiente.
Sugestões do Oficina do Estudante
De acordo com o diretor pedagógico do curso e colégio Oficina do Estudante, Célio Tasinafo, o assim como o grande destaque dado às questões ambientais e ao desenvolvimento a partir dos debates da RIO+20.
 
Temas relacionados ao exercício da cidadania e à reivindicação por liberdade em países do mundo árabe
Em ano de eleições nos EUA e de pleitos municipais no Brasil, aspectos relacionados à cidadania em geral e, mais especificamente, à liberdade de imprensa e de expressão podem ser cobrados na prova de redação. Não acredito em um tema de redação específico sobre eleições ou sobre os protestos contra as ditaduras no mundo árabe, com desdobramentos ainda incertos. Mas acho bastante provável a cobrança de temas ligados ao exercício da cidadania de forma ampla.
 
Direitos Humanos: igualdade de gênero, combate às discriminações por orientação/identidade sexual e combate ao racismo
Os direitos das mulheres (especialmente em países de tradição islâmica) e o combate a práticas discriminatórias contra gays, negros e outras “minorias” podem aparecer em um tema de redação sobre os Direitos Humanos e as dificuldades para garantir a igualdade plena e efetiva entre todos. Ainda nesse campo, podemos ter uma proposta relacionada às medidas legais adotadas para efetivar a igualdade de oportunidades para negros e indígenas no Brasil (caso da Lei das Cotas).
 

26/10/2012 16h34 - Atualizado em 26/10/2012 17h19 - Por Adriano Lesme


http://vestibular.brasilescola.com/blog/possiveis-temas-redacao-enem-2012.htm

terça-feira, 23 de outubro de 2012

O CONCEITO DE "MODO DE PRODUÇÃO" EM KARL MARX



Por "Modo de Produção", devemos entender a maneira como se organiza o processo pelo qual o homem age sobre a natureza material para satisfazer as suas necessidades. “Produzir é (…) trabalhar”, pondo “em movimento forças” que ajam sobre a natureza (p.67). Estas forças variam com a história e com a sociedade. O trabalho é assim não só “um processo (…) entre um homem e a natureza” mas “supõe uma forma de sociedade” realizando-se em certas “condições sociais”, as “relações sociais de produção”.

Relações de Produção:( Capitalista)

Ao modo de produção capitalista corresponde essencialmente uma relação social “entre duas classes”. Destas, uma [a burguesia], por ter o “monopólio dos meios de produção e do dinheiro”, explora a outra [a classe trabalhadora], que não é proprietária de nada exceto a sua “força de trabalho” que se vê forçada a vender.
O “objetivo da produção” é aqui o objetivo da burguesia: a criação de mais-valia para a acumulação privada de capital, não a satisfação das necessidades da maioria dos membros da sociedade.

Segundo Karl Marx, “...na produção social da sua vida, os homens entram em determinadas relações, necessárias, independentes da sua
vontade, relações de produção que correspondem a uma determinada etapa de desenvolvimento das suas forças produtivas materiais” (Marx, Engels, Obras Escolhidas, tomo I, pg. 530, Edições “Avante”, 1982)


Quaisquer que elas sejam, as relações de produção assumem as três funções seguintes:
-determinar a forma social do acesso às fontes e ao controlo dos meios de produção;
-redistribuir a força de trabalho social entre os diversos processos de trabalho que produzem a vida material, organizam e descrevem esse processo;
-determinar a forma social de divisão, redistribuição dos produtos do trabalho individual e coletivo e, por essa via, as formas de circulação ou não circulação desses produtos.

Meios de Produção


Os meios de trabalho incluem os "instrumentos de produção" (
máquinas, ferramentas), as instalações (edifícios, armazéns, silos etc), as fontes de energia utilizadas na produção (elétrica, hidráulica, nuclear, eólica etc.) e os meios de transporte


Mais-valia


Marx chamou de mais-valia a diferença entre o valor adicionado pelos trabalhadores (incorporado às mercadorias produzidas) e o salário que recebem. A mais-valia definida desta maneira é em tudo semelhante ao trabalho gratuito que escravos ou servos entregavam a seus senhores. É uma forma disfarçada de transferência de um excedente para a classe dominante.
A mais-valia é a base para os lucros, os juros das aplicações financeiras e para todas as formas de rendimentos vinculados à propriedade. A apropriação da mais-valia é o fundamento da divisão das classes sociais no capitalismo.

Alienação

O homem, através da alienação torna-se estranho a ele mesmo; não se reconhece a si mesmo; o trabalho o tornou estranho; aquilo que produz lhe é estranho; a atividade tornou-se massificante, penosa, desgostosa por que ela tornou-se exclusivamente um meio de subsistência. A alienação, segundo Marx, "é situação resultante dos fatores materiais dominantes da sociedade, e por ele caracterizada sobretudo no setor capitalista, em que o trabalho do homem se processa de modo a produzir coisas que imediatamente são separadas dos interesses e do alcance de quem as produziu, para se transformarem indistintamente em mercadorias".


Bibliografia
Rebeldia2.blogspot.com
Wikipedia.org
Pstu.org.br
Rubedo.psc.br


QUESTIONÁRIO

1. Defina modo de produção e trabalho segundo Marx.
2. Como se caracteriza as relações de produção no sistema capitalista? E qual o objetivo da Burguesia nessa relação?
3. O que você entende quando Marx afirma que as Relações de Produção são necessárias mas, não da vontade do homem?
4. Quais as funções das relações de produção?
5. O que são os Meios de Produção?
6. Defina Mais-Valia.
7. Defina Alienação dentro do sistema de produção.

 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Exercícios - Movimentos sociais

Exercícios Revisão - Movimentos Sociais - 3001, 3002 e 3003.

1 - (Ufpr 2012) Para muitos autores, a década de 1980 foi muito importante para a pluralização e fortalecimento dos movimentos sociais em nosso país. Agora surgem novas formas de participação e mobilização social. Comente o papel dos movimentos sociais no Brasil dos anos 80 e compare-os às novas formas de participação política do século XXI.
 
2 - (Unesp) No Brasil, nos últimos anos, têm ocorrido vários movimentos sociais no campo. Considerando o atual momento dessa mobilização social, responda.
Qual é o objetivo principal do MST (Movimento dos Sem Terra) e de outros movimentos de luta no campo?
 
3 - (PITÁGORAS) Existem ao menos dois tipos de movimentos sociais que atuam em nosso universo social. De um lado, aqueles movimentos reivindicatórios pautados na satisfação de necessidades básicas. De outro, aqueles grupos que lutam por causas identitárias – chamados novos movimentos sociais. Em geral, os movimentos do primeiro tipo são tratados com desdém pelos principais meios de comunicação de nosso país.
Assinale a afirmativa que INDICA movimentos sociais de causas básicas.
a) Vegetarianismo, movimentos ecológicos.
b) Movimento feminista, movimento do software livre.
c) Movimento dos trabalhadores sem-terra (MST), sindicatos de trabalhadores.
d) Movimento negro, movimentos ecológicos.
e) Sindicatos de trabalhadores, movimentos ecológicos.
 

domingo, 30 de setembro de 2012

Turmas 1001, 1002 1003

Olá pessoal,

Esterei recebendo até quarta-feira dia 03/10/12 os trabalhos de sociologia sobre Karl Marx.
Lembrando que vários alunos de todas as turmas ainda não entregaram.

Para os alunos que perderam algumas atividades e/ou ficaram com notas baixas, estarei dando uma outra atividade também na quarta-feira 03/10 - NÃO FALTEM!!!
Conteúdo do livro/caderno do 3º bimestre (Émile Durkheim, Max Weber e Karl Marx).

Fiquem atentos!

Elciana

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Enem 2012

 Olá galera,

A revista Veja fez um Raio X do enem, mostrando os conteúdos mais cobrados de 2009 à 2011.

Veja reportagem na íntegra no site abaixo.

http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/raio-x-do-enem-confira-os-conteudos-mais-cobrados

Dicas Enem – Filosofia e Sociologia Enem 2012

Caros alunos,

Segue algumas dicas sobre o Enem 2012 para ajudar na nossa área. Vale a pena conferir!




Além deste vídeo, o blog do enem também possui vídeos e informações sobre as demais disciplinas.

Fonte: http://blogdoenem.com.br/dicas-enem-filosofia-e-sociologia/

É importante que vocês leiam a Matriz de referência do enem, onde constam os conteúdos que podem cair na prova.

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=13318&Itemid=310
http://www.sitedoenem.org/enem-2012-conteudo-materias-e-assuntos.html

Movimentos Sociais no Brasil



A análise dos movimentos sociais no Brasil revelam forte enfoque teórico oriundo do marxismo, sejam eles vinculados ao espaço urbano e/ou rural. Tais movimentos, quando se referiam ao espaço urbano possuíam um leque amplo de temáticas como por exemplo, as lutas por creches, por escola pública, por moradia, transporte, saúde, saneamento básico etc. Quanto ao espaço rural, a diversidade de temáticas expressou-se nos movimentos de bóias-frias (das regiões cafeeiras, citricultoras e canavieiras, principalmente), de posseiros, sem-terra, arrendatários e pequenos proprietários.
Cada um dos movimentos possuía uma reivindicação específica, no entanto, todos expressavam as contradições econômicas e sociais presentes na sociedade brasileira.
No início do século XX, era muito mais comum a existência de movimentos ligados ao rural, assim como movimentos que lutavam pela conquista do poder político. Em meados de 1950, os movimentos nos espaços rural e urbano adquiriram visibilidade através da realização de manifestações em espaços públicos (rodovias, praças, etc.). Os movimentos populares urbanos foram impulsionados pelas Sociedades Amigos de Bairro - SABs - e pelas Comunidades Eclesiais de Base - CEBs. Nos anos 1960 e 1970, mesmo diante de forte repressão policial, os movimentos não se calaram. Havia reivindicações por educação, moradia e pelo voto direto. Em 1980 destacaram-se as manifestações sociais conhecidas como "Diretas Já".
Em 1990, o MST e as ONGs tiveram destaque, ao lado de outros sujeitos coletivos, tais como os movimentos sindicais de professores.
Concomitante às ações coletivas que tocam nos problemas existentes no planeta (violência, por exemplo), há a presença de ações coletivas que denunciam a concentração de terra, ao mesmo tempo que apontam propostas para a geração de empregos no campo, a exemplo do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST); ações coletivas que denunciam o arrocho salarial (greve de professores e de operários de indústrias automobilísticas); ações coletivas que denunciam a depredação ambiental e a poluição dos rios e oceanos (lixo doméstico, acidentes com navios petroleiros, lixo industrial); ações coletivas que têm espaço urbano como locus para a visibilidade da denúncia, reivindicação ou proposição de alternativas.
As passeatas, manifestações em praça pública, difusão de mensagens via internet, ocupação de prédios públicos, greves, marchas entre outros, são características da ação de um movimento social. A ação em praça pública é o que dá visibilidade ao movimento social, principalmente quando este é focalizado pela mídia em geral. Os movimentos sociais são sinais de maturidade social que podem provocar impactos conjunturais e estruturais, em maior ou menor grau, dependendo de sua organização e das relações de forças estabelecidas com o Estado e com os demais atores coletivos de uma sociedade.


Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, também conhecido pela sigla MST, é um movimento social brasileiro de inspiração marxista cujo objetivo é a implantação da reforma agrária no Brasil. Teve origem na aglutinação de movimentos que faziam oposição ou estavam desgostosos com o modelo de reforma agrária imposto pelo regime militar, principalmente na década de 1970, o qual priorizava a colonização de terras devolutas em regiões remotas, com objetivo de exportação de excedentes populacionais e integração estratégica. Contrariamente a este modelo, o MST declara buscar a redistribuição das terras improdutivas.
Apesar dos movimentos organizados de massa pela reforma agrária no Brasil remontarem apenas às ligas camponesas, associações de agricultores que existiam durante as décadas de 1950 e 1960, o MST proclama-se como herdeiro ideológico de todos os movimentos de base social camponesa ocorridos desde que os portugueses entraram no Brasil, quando a terra foi dividida em sesmarias por favor real, de acordo com o direito feudal português, fato este que excluiu em princípio grande parte da população do acesso direto à terra.
Uma das atividades do grupo consiste na ocupação de terras improdutivas como forma de pressão pela reforma agrária, mas também há reivindicação quanto a empréstimos e ajuda para que realmente possam produzir nessas terras. Para o MST, é muito importante que as famílias possam ter escolas próximas ao assentamento, de maneira que as crianças não precisem ir à cidade e, desta forma, fixar as famílias no campo.
A organização não tem registro legal por ser um movimento social e, portanto, não é obrigada a prestar contas a nenhum órgão de governo, como qualquer movimento social ou associação de moradores.
O movimento recebe apoio de organizações não governamentais e religiosas, do país e do exterior, interessadas em estimular a reforma agrária e a distribuição de renda em países em desenvolvimento. Sua principal fonte de financiamento é a própria base de camponeses já assentados, que contribuem para a continuidade do movimento.
Dados coletados em diversas pesquisas demonstram que os agricultores organizados pelo movimento têm conseguido usufruir de melhor qualidade de vida que os agricultores não organizados.
O MST reivindica representar uma continuidade na luta histórica dos camponeses brasileiros pela reforma agrária. Os atuais governantes do Brasil tem origens comuns nas lutas sindicais e populares, e portanto compartilham em maior ou menor grau das reivindicações históricas deste movimento. Segundo outros autores, o MST é um movimento legítimo que usa a única arma que dispõe para pressionar a sociedade para a questão da reforma agrária, a ocupação de terras e a mobilização de grande massa humana.

Movimento dos Trabalhadores Sem Teto - MTST


O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) surgiu em 1997 da necessidade de organizar a reforma urbana e garantir moradia e a todos os cidadãos. Está organizado nos municípios do Rio de Janeiro, Campinas e São Paulo. É um movimento de caráter social, político e sindical. Em 1997, o MST fez uma avaliação interna em que reconheceu que seria necessária uma atuação na cidade além de sua atuação no campo. Dessa constatação, duas opções de luta se abriram: trabalho e moradia.
Estão em quase todas as metrópoles do País. São desdobramentos urbanos do MST, com um comando descentralizado. As formas de atuação variam de um movimento para outro. Em geral, as ocupações não têm motivação política, apenas apoio informal de filiados a partidos de esquerda. O objetivo das ocupações é pressionar o poder público a criar programas de moradia e dar à população de baixa renda acesso a financiamentos para a compra de imóveis.
Atualmente, o MTST é autônomo em relação ao MST, mas tem uma aliança estratégica com esse.


Fórum Social Mundial - FSM

O Fórum Social Mundial (FSM) é um evento altermundialista organizado por movimentos sociais de diversos continentes, com objetivo de elaborar alternativas para uma transformação social global. Seu slogan é Um outro mundo é possível.
É um espaço internacional para a reflexão e organização de todos os que se contrapõem à globalização neoliberal e estão construindo alternativas para favorecer o desenvolvimento humano e buscar a superação da dominação dos mercados em cada país e nas relações internacionais.


A luta por um mundo sem excluídos, uma das bandeiras do I Fórum Social Mundial, tem suas raízes fixadas na resistência histórica dos povos contra todo o gênero de opressão em todos os tempos, resistência que culmina em nossos dias com o movimento irmanando milhões de cidadãos e não-cidadãos do mundo inteiro contra as conseqüências da mundialização do capital, patrocinada por organismos multilaterais como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial (BM) e a Organização Mundial do Comércio (OMC), entre outros.
O Fórum Social Mundial (FSM) se reuniu pela primeira vez na cidade de Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul, Brasil, entre 25 e 30 de janeiro de 2001, com o objetivo de se contrapor ao Fórum Econômico Mundial de Davos. Esse Fórum Econômico tem cumprido, desde 1971, papel estratégico na formulação do pensamento dos que promovem e defendem as políticas neoliberais em todo mundo. Sua base organizacional é uma fundação suíça que funciona como consultora da ONU e é financiada por mais de 1.000 empresas multinacionais.

Movimento Hippie


Os "hippies" (no singular, hippie) eram parte do que se convencionou chamar movimento de contracultura dos anos 60 tendo relativa queda de popularidade nos anos 70 nos EUA, embora o movimento tenha tido muita força em países como o Brasil somente na década de 70. Uma das frases ideomáticas associada a este movimento foi a célebre máxima "Paz e Amor" (em inglês "Peace and Love") que precedeu á expressão "Ban the Bomb" , a qual criticava o uso de armas nucleares.
As questões ambientais, a prática de nudismo, e a emancipação sexual eram idéias respeitadas recorrentemente por estas comunidades.
Adotavam um modo de vida comunitário, tendendo a uma espécie de socialismo-anarquista ou estilo de vida nômade e à vida em comunhão com a natureza, negavam o nacionalismo e a Guerra do Vietnã, bem como todas as guerras, abraçavam aspectos de religiões como o budismo, hinduismo, e/ou as religiões das culturas nativas norte-americanas e estavam em desacordo com valores tradicionais da classe média americana e das economias capitalistas e totalitárias. Eles enxergavam o patriarcalismo, o militarismo, o poder governamental, as corporações industriais, a massificação, o capitalismo, o autoritarismo e os valores sociais tradicionais como parte de uma "instituição" única, e que não tinha legitimidade.
Nos anos 60, muitos jovens passaram a contestar a sociedade e a pôr em causa os valores tradicionais e o poder militar e econômico. Esses movimentos de contestação iniciaram-se nos EUA, impulsionados por músicos e artistas em geral. Os hippies defendiam o amor livre e a não-violência. Como grupo, os hippies tendem a viver em comunidades coletivistas ou de forma nômade, vivendo e produzindo independentemente dos mercados formais, usam cabelos e barbas mais compridos do que era considerado "elegante" na época do seu surgimento. Muita gente não associada à contracultura considerava os cabelos compridos uma ofensa, em parte por causa da atitude iconoclasta dos hippies, às vezes por acharem "anti-higiênicos" ou os considerarem "coisa de mulher".
Foi quando a peça musical Hair saiu do circuito chamado off-Broadway para um grande teatro da Broadway em 1968, que a contracultura hippie já estava se diversificando e saindo dos centros urbanos tradicionais.
Os Hippies não pararam de fazer protestos contra a Guerra do Vietnã, cujo propósito era acabar com a guerra. A massa dos hippies eram soldados que voltaram depois de ter contato com os Indianos e a cultura oriental que, a partir desse contato, se inspiraram na religião e no jeito de viver para protestarem. Seu principal símbolo era o Mandala (Figura circular com 3 intervalos iguais).

Movimento Feminista

O Feminismo é um discurso intelectual, filosófico e político que tem como meta os direitos iguais e a proteção legal às mulheres. Envolve diversos movimentos, teorias e filosofias, todas preocupadas com as questões relacionadas às diferenças entre os gêneros, e advogam a igualdade para homens e mulheres e a campanha pelos direitos das mulheres e seus interesses. De acordo com Maggie Humm e Rebecca Walker, a história do feminismo pode ser dividida em três "ondas". A primeira teria ocorrido no século XIX e início do século XX, a segunda nas décadas de 1960 e 1970, e a terceira teria ido da década de 1990 até a atualidade. A teoria feminista surgiu destes movimentos femininos, e se manifesta em diversas disciplinas como a geografia feminista, a história feminista e a crítica literária feminista.
O feminismo alterou principalmente as perspectivas predominantes em diversas áreas da sociedade ocidental, que vão da cultura ao direito. As ativistas femininas fizeram campanhas pelos direitos legais das mulheres (direitos de contrato, direitos de propriedade, direitos ao voto), pelo direito da mulher à sua autonomia e à integridade de seu corpo, pelos direitos ao aborto e pelos direitos reprodutivos (incluindo o acesso à contracepção e a cuidados pré-natais de qualidade), pela proteção de mulheres e garotas contra a violência doméstica, o assédio sexual e o estupro, pelos direitos trabalhistas, incluindo a licença-maternidade e salários iguais, e todas as outras formas de discriminação.
Durante a maior parte de sua história, a maior parte dos movimentos e teorias feministas tiveram líderes que eram principalmente mulheres brancas de classe média, da Europa Ocidental e da América do Norte. No entanto, desde pelo menos o discurso Sojourner Truth, feito em 1851 às feministas dos Estados Unidos, mulheres de outras raças propuseram formas alternativas de feminismo. Esta tendência foi acelerada na década de 1960, com o movimento pelos direitos civis que surgiu nos Estados Unidos, e o colapso do colonialismo europeu na África, no Caribe e em partes da América Latina e do Sudeste Asiático. Desde então as mulheres nas antigas colônias europeias e no Terceiro Mundo propuseram feminismos "pós-coloniais" - nas quais algumas postulantes, como Chandra Talpade Mohanty, criticam o feminismo tradicional ocidental como sendo etnocêntrico. Feministas negras, como Angela Davis e Alice Walker, compartilham este ponto de vista.
Desde a década de 1980, as feministas standpoint argumentaram que o feminismo deveria examinar como a experiência da mulher com a desigualdade se relaciona ao racismo, à homofobia, ao classismo e à colonização. No fim da década e início da década seguinte as feministas ditas pós-modernas argumentaram que os papeis sociais dos gêneros seriam construídos socialmente, e que seria impossível generalizar as experiências das mulheres por todas as suas culturas e histórias.

Movimento Estudantil

O movimento estudantil, embora não seja considerado um movimento popular, dada a origem dos sujeitos envolvidos, que, nos primórdios desse movimento, pertenciam, em sua maioria, a chamada classe pequeno burguesa, é um movimento de caráter social e de massa. É a expressão política das tensões que permeiam o sistema dependente como um todo e não apenas a expressão ideológica de uma classe ou visão de mundo. Em 1967, no Brasil, sob a conjuntura da ditadura militar, esse movimento inicia um processo de reorganização, como a única força não institucionalizada de oposição política. A história mostra como esse movimento constitui força auxiliar do processo de transformação social ao polarizar as tensões que se desencadearam no núcleo do sistema dependente. O movimento estudantil é o produto social e a expressão política das tensões latentes e difusas na sociedade. Sua ação histórica e sociológica tem sido a de absorver e radicalizar tais tensões. Sua grande capacidade de organização e arregimentação foi capaz de colocar cem mil pessoas na rua, quando da passeata dos cem mil, em 1968. Ademais, a histórica resistência da União Nacional dos Estudantes (UNE), como entidade representativa dos estudantes, é exemplar.
O movimento estudantil é um movimento social da área da educação, no qual os sujeitos são os próprios estudantes. Caracteriza-se por ser um movimento policlassista e constantemente renovado - já que o corpo discente se renova periodicamente nas instituições de ensino.
Podem-se encontrar traços de movimentos estudantis pelo menos desde o século XV, quando, na Universidade de Paris, uma das mais antigas universidades da Europa, registraram-se vários movimentos grevistas importantes. A universidade esteve em greve durante três meses, em 1443, e por seis meses, entre setembro de 1444 e março de 1445, em defesa de suas isenções fiscais. Em 1446, quando Carlos VII submeteu a universidade à jurisdição do Parlamento de Paris, eclodiram revoltas estudantis - das quais participou, entre outros, o poeta François Villon - contra a supressão da autonomia universitária em matéria penal e a submissão da universidade ao Parlamento. Freqüentemente, estudantes eram detidos pelo preboste do rei e, nesses casos, o reitor dirigia-se ao Châtelet, sede do prebostado, para pedir que o estudante fosse julgado pelas instâncias da universidade. Se o preboste do rei indeferia o pedido, a universidade entrava em greve. Em 1453, um estudante, Raymond de Mauregart, foi morto pelas forças do Châtelet e a universidade entrou novamente em greve por vários meses.

Contemporaneamente, destacam-se os movimentos estudantis da década de 1960, dentre os quais os de maio de 1968), na França. No mesmo ano, também se registraram movimentos em vários outros países da Europa Ocidental, nos Estados Unidos e na América Latina. No Brasil, o movimento teve papel importante na luta contra o regime militar que se instalou no país a partir de 1964.

fontes:
1) Souza, Maria Antônia. Movimentos sociais no Brasil contemporâneo: participação e possibilidades no contexto das práticas democráticas. Dissertação de Mestrado em Educação. Universidade Tuiuti de Curitiba, PR.

2) Wikipédia, a enciclopédia livre.
3) http://www.cce.udesc.br/cab/oqueeomovimentoestudantil.htm

Retirado de: http://www.geomundo.com.br/

Movimentos Sociais

 

A vida política não acontece apenas dentro do esquema ortodoxo dos partidos políticos e dos organismos governamentais.

As mudanças às vezes não são possíveis por meio do Estado ou governo.

Às vezes a mudança política e social só pode ser realizada recorrendo-se a formas não ortodoxas de ação política:
Revolução: derrubada de uma ordem política existente com uso da violência.
Movimentos sociais: tentativa coletiva de promover um objetivo comum e uma ação fora das instituições estabelecidas.

Os movimentos sociais estão entre as mais poderosas formas de ação coletiva.

Eles podem ser locais, regionais, nacionais e internacionais. Expressam-se em manifestações como as greves trabalhistas (melhores salários e condições de trabalho); movimentos por melhores condições de vida na cidade (Transporte, educação, habitação e saúde); no campo pelo acesso a terra; ou movimentos étnico, feminista, ambiental, estudantil, entre outros.
Movimentos Sociais e a revitalização da democracia
As pessoas estão se apoiando em movimentos sociais como forma de pleitearem reivindicações que os governos não têm atendido. Conseqüentemente, muitas pessoas têm participado ativamente da vida política do país sem, contudo, entrarem na política formal/partidária. Devido a isso, os novos movimentos sociais estão ajudando a revitalizar a democracia em muitos países.
Novos movimentos sociais e as questões globais
Os governos (instituições políticas tradicionais) têm cada vez menos capacidade de lidar com os desafios do mundo contemporâneo. Meio ambiente, guerra nuclear, transgênicos (produto geneticamente modificado), tecnologia da informação, etc. são problemas evitados pelos governos.

Nenhuma nação consegue ter o controle sobre esses fenômenos, pois ultrapassam as fronteiras nacionais.

Então surgem Movimentos Sociais de ordem global que acabam por conseguir enfrentar melhor essas questões.
Referências:
GIDDENS, Anthony. Sociologia, artmed, 2004.
TOMAZI, Nelson Dácio. Sociologia para o ensino médio. Ed. Atual. São Paulo, 2007.