A filosofia da ciência é o
estudo da metodologia científica. Trata-se de investigar o que caracteriza a
atividade científica, em que a ciência se separa do senso comum e da filosofia
e quais hipóteses justificam e explicam o conhecimento científico.
O termo ciência origina-se
da palavra latina scientia, significando conhecimento. Ciência é o saber
da razão, o saber metódico e certo dos fatos e fenômenos que ocorrem no mundo.
CIÊNCIA ANTIGA –
era uma ciência teorética, a técnica era um saber empírico, ligada as práticas
necessárias à vida e nada tinha a oferecer à ciência nem a receber dela.
CIÊNCIA MODERNA –
nasce vinculada à ideia de intervir na natureza, de conhecê-la para controlá-la
e dominá-la. Torna-se inseparável da tecnologia.
- Mudanças científicas: 1º
se refere à passagem do racionalismo e empirismo ao construtivismo; 2º
refere-se a passagem da ciência antiga teorética, qualitativa – a ciência
moderna tecnológica, quantitativa.
Idade Moderna (1453 – queda
de Constantinopla/1789 – Revolução Francesa), período histórico que vai de
meados do século XV ao século XVIII. Dentre os principais acontecimentos da
Idade Moderna pode-se citar: As Grandes Navegações; O Renascimento; A Reforma
Religiosa; O Absolutismo; O Iluminismo; Início da Revolução Francesa. A partir
do século XV, diversos acontecimentos sociais, políticos, econômicos e
culturais levaram a transformação da sociedade européia, entre eles:
a) A passagem do
feudalismo para o capitalismo: que se vinculou ao florescimento do comércio.
b) A formação dos Estados
Nacionais: que fez surgir novas concepções político-econômicas.
d) O
desenvolvimento da ciência natural: que criou novos métodos científicos de
investigação. Impulsionados pela confiança na razão humana.
e) A invenção da imprensa: que
possibilitou a impressão dos textos gregos e romanos, contribuindo para a
formação do humanismo.
- Todos esses
acontecimentos modificaram, em muitas regiões, o modo de ser, viver e perceber
a realidade. Nas artes, nas ciências e na filosofia surgiram novas ideias,
concepções e valores. Um exemplo dessas mudanças foi o desabrochar de uma
tendência social antropocêntrica (que tem o ser humano como centro), em
lugar da supervalorização da fé cristã e da visão teocêntrica (que tem
Deus como centro) da realidade. Isso levou ao desenvolvimento do Racionalismo
e de uma filosofia laica (não religiosa), que de modo geral revelou
a capacidade da razão de intervir no mundo, organizar a sociedade e aperfeiçoar
a vida humana. Uma característica importante do pensamento moderno é o
racionalismo, ou seja, só a razão é capaz de conhecer. Uma das expressões mais
claras desse racionalismo é o interesse pelo método. O problema esta voltado
para se nós podemos eventualmente conhecer qualquer coisa.
Humanismo –
movimento intelectual, artístico e filosófico que assinala a transição da Idade
Média (começo do século V até meados do século XV) para o Renascimento (séculos
XV e XVI), marcada pela ascensão do mercantilismo e dos ideais burgueses. Termo
que indica a área cultural que cobria os estudos clássicos, em oposição à área
que abrangia as disciplinas científicas.
Renascimento –
período histórico oposto ao medieval; representa a síntese de um novo espírito
intelectual que surgiu na Itália, rompendo com o medievalismo e iniciando a
época moderna da humanidade. Foi uma volta deliberada, que propunha a
ressurreição consciente do passado, considerando nesse momento como fonte de
inspiração e modelo de civilização. Esse ideal pode ser entendido como a valorização
do homem e da natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural.
- Humanismo e Renascimento são as
duas faces de um único fenômeno, que marcaram o início dos tempos modernos.
Nesse período, as ciências deram um grande salto.
- Copérnico (1473-1543)
escreveu o Tratado das revoluções dos corpos celestes, afirmando que a
Terra gira em torno do Sol;
- Galileu (1564-1642)
descobriu as leis matemáticas que explicam a queda dos corpos. Surge também, a
anatomia, as três leis do movimento do planeta e a imprensa.
O pensamento moderno surge
propiciando mudanças nas ciências e na visão do mundo. Logo se desenvolvem três
ideias centrais:
a) A teologia
se separa da Filosofia, sendo esta autônoma;
b) A matemática
passa a ser a escola da razão por excelência;
c) A idéia do método experimental e
da objetividade dos fatos naturais.
- Uma das explicações mais
plausíveis sobre as mudanças ocorridas refere-se a classe comerciante,
constituída pelos burgueses, que se impôs ao ócio da aristocracia através da
valorização do trabalho;
- Galileu Galilei
(1564-1642), criador do método científico, é o responsável pela moderna
concepção de ciência;
- Supremacia do
racionalismo, que recusa o critério da autoridade e da revelação predominante
na Idade Média;
- Secularização
ou laicização do pensamento, isto é, o desligamento das justificativas baseadas
na religião, para só aceitar as verdades resultantes da investigação racional
mediante a argumentação.
→ FILÓSOFOS DA CIÊNCIA MODERNA
Bacon realizou uma obra científica
de inegável valor. É considerado um dos fundadores do método indutivo de
investigação científica. Atribui-se a ele, também, a criação do lema “saber
é poder”, que revela sua firme disposição de fazer dos conhecimentos científicos
um instrumento prático de controle da realidade. Preocupado com a utilização
dos conhecimentos científicos na vida prática, Bacon manifestava grande
entusiasmo pelas conquistas técnicas que se difundiam em seu tempo: a bússola,
a pólvora e a imprensa. Para Bacon, a ciência deveria valorizar a pesquisa
experimental, tendo em vista proporcionar resultados objetivos para o ser
humano. A grande contribuição de Bacon para a história da ciência moderna foi
apresentar o conhecimento científico como resultado de um método de
investigação capaz de conciliar aobservação dos fenômenos, a elaboração
racional das hipóteses e a experimentação controlada para comprovar as
conclusões.
Descartes foi extremamente
importante para a filosofia moderna. Ele pregava a ideia de que somente
atingimos a verdade por meio da dúvida. Em outras palavras, deveríamos colocar
todo o nosso conhecimento em dúvida, pois, consequentemente, ao tomarmos essa
atitude, começaríamos a questionar absolutamente tudo, o que propiciaria uma
análise de todos os fatos e conhecimentos que supostamente temos. O método de
Descartes era o da dúvida, também chamado de método cartesiano. Para
ele, só se pode dizer que existe aquilo que pode ser provado. Ele concluiu que
apenas o pensamento era uma certeza, pois realmente existia, sendo, portanto, a
base de tudo. Descartes atribuía o pensamento à existência; daí, a famosa
frase: “Penso, logo existo”. Atribuía uma grande importância à
matemática, como ciência que possibilita o entendimento da realidade. Foi um
grande matemático e é considerado o fundador da geometria analítica. Para
Descartes, a matemática é uma ciência legitima, e por meio dela pode-se
encontrar a precisão e a certeza, necessários para o avanço das ciências
aplicadas. Sua principal obra é o Discurso do Método publicado em 1637.
- foi na obra “Discurso do Método”
que René Descartes (1596-1650) lançou de fato, os fundamentos do método
científico moderno. Embora Descartes tenha concordado com Bacon no sentido de
que a natureza deve ser entendida e modificada em favor do homem, ele
discordava no sentido de que para ele os sentidos devem ser questionados e não
constituem o caminho para o conhecimento verdadeiro. Segundo Descartes a única
coisa da qual não se pode duvidar é o pensamento (o que o leva à máxima “cogito
ergo sum” – “penso, logo existo”) que é fruto da razão, a única da qual se pode
ter certeza. O método cartesiano foi o que possibilitou o desenvolvimento
tecnológico e científico.
- No "Princípios da
Filosofia" (1644), Descartes classifica as ciências quanto à sabedoria ou
grau de clareza e nitidez de ideias que é possível atingir em cada uma. A
ciência, ele diz, pode ser comparada a uma árvore; a metafísica é a raiz, a
física é o tronco, e os três principais ramos são a mecânica, a medicina, e a
moral, estes formando as três aplicações do nosso conhecimento, que são, o
mundo externo, o corpo humano, e a conduta da vida. Mas os conhecimentos
científicos não bastam a si mesmos: o tronco da física sustenta-se em raízes
metafísicas. É o Bom Deus quem garante o conhecimento científico, porque
garante as ideias claras. A física cartesiana resulta, assim, de deduções
racionais abstratas: Deus existe e serve de apoio para retirar do domínio da
dúvida o conhecimento que é claro e evidente. O mundo físico está de antemão
provado por uma ideia inata, a de extensão, que é a essência da corporeidade.
Deus garante que ideias claras da realidade têm correspondência na realidade,
Deus torna os objetos inteligíveis e os sujeitos capazes de intelecção, mas há
que vencer a imperfeição do homem, cujas impressões sensíveis vem de fora e são
deformadas.
Locke é considerado um filósofo de
grande relevância no campo do liberalismo político. Em sua obra Ensaio
acerca do entendimento humano, Locke combateu a doutrina cartesiana segundo
a qual o ser humano possui ideias inatas. Ao contrário de Descartes, defendeu
que “a mente humana, no instante do nascimento, é uma tabula rasa”. Ao
nascer, nossa mente seria como um papel em branco, sem nenhuma ideia
previamente escrita. Locke retomava, assim, a tese empirista segundo a qual
nada existe em nossa mente que não tenha sua origem nos sentidos. Defendia que
as ideias que possuímos são adquiridas ao longo da vida mediante a experiência
sensível imediata e seu processamento interno. Desse modo, o conhecimento seria
constituído basicamente por sensação e reflexão. Em razão de suas
ideais políticas, é considerado o “pai do Iluminismo”.
- Bachelard (1991)
propõe um “pluralismo filosófico” para caracterizar a filosofia das ciências,
pois entende que só é possível abordar “experiência e teoria”, em seus variados
níveis de maturidade, por meio de uma filosofia que acompanhe essa multiplicidade.
O autor define a filosofia das ciências como uma filosofia “dispersa” e
“distributiva”. Assim, “[...] o pensamento científico surgir-nos-á como um
método de dispersão bem ordenado, como um método de análise aprofundada, para
os diversos filosofemas massivamente agrupados nos sistemas filosóficos...” A
análise do pensamento científico mediante de uma filosofia dispersa vai ao
encontro da própria constituição científica, que, de maneira alguma, forma-se a
partir de um conglomerado ordenado. É por isso que Bachelard (1991) diz que os
“[...] diferentes problemas do pensamento científico deveriam, pois, receber
diferentes coeficientes filosóficos” (Bachelard, 1991, p.14-15).
V. KARL POPPER
- “A ciência é uma parte da busca
da verdade”;
- Seguidor da perspectiva crítica
ou transcendental – que parte do pressuposto de que o conhecimento não tem a
capacidade de apreender a substância da realidade, mas apenas sua aparência.
Criou o critério do principio da refutabilidade para afirmar se um conhecimento
pode ser considerado como científico ou não.
- Popper é o autor da
definição atualmente mais aceita de teoria científica: "Uma teoria
científica é um modelo matemático que descreve e codifica as observações que
fazemos. Assim, uma boa teoria deverá descrever uma vasta série de fenômenos
com base em alguns postulados simples como também deverá ser capaz de fazer
previsões claras as quais poderão ser testadas."
- A possibilidade de uma teoria ser
refutada constituía para o filósofo a própria essência da natureza científica.
Assim, uma teoria só pode ser considerada científica quando é falseável, ou
seja, quando é possível prová-la falsa. Esse conceito ficou conhecido como
falseabilidade ou refutabilidade. Segundo Popper, o que não é falseável ou refutável
não pode ser considerado científico.
- Para Popper, a ciência se
desenvolve a partir de revoluções constantes, renovando-se permanentemente. O
critério de falseabilidade está associado à ideia de movimentação e rupturas de
paradigmas científicos, ao contrário do verificacionismo, que tem como
princípio básico a ideia de verdade, portanto algo que se estabiliza em
determinado momento; o falseacionismo ou falibilismo não pressupõe uma verdade
primeira, mas um enunciado seguido de uma contraprova ou de sua “falseação”. A
ideia é a de que a ciência ou o conhecimento científico se desenvolve a partir
da busca e da tentativa de encontrar lacunas para falsear uma teoria. Nesse
caso, os cientistas desenvolveriam teorias (métodos) cada vez mais consistentes
e flexíveis, pois contariam com o princípio da incerteza e das mudanças de
paradigmas. Tais mudanças seriam constantes.
VI. THOMAS KUHN
- Para Kuhn, a ciência é um tipo de
atividade altamente determinada que consiste em resolver problemas (como um
quebra-cabeça) dentro de uma unidade metodológica chamada paradigma.
- Foi ele que estabeleceu o padrão
de racionalidade aceito em uma comunidade científica sendo, portanto, o
princípio fundante de uma ciência para a qual são treinados os cientistas.
- Kuhn afirma que a
ciência se desenvolve a partir de revoluções científicas que ocorrem em
intervalos específicos (geralmente grandes) de tempo. Para Kuhn, a ciência
segue um certo tipo de dogmatismo nesses intervalos, pois se comportará e se
desenvolverá de acordo com o paradigma vigente. Esse paradigma engloba um
conjunto de valores, teorias e métodos que irão influenciar e servir de
“modelo” para uma ou várias comunidades científicas.
MÉTODO EXPERIMENTAL
- O método experimental
é o conjunto de procedimentos científicos que incorporam sistematicamente a
experimentação como forma de estabelecer a verdade/falsidade de uma certa
hipótese científica. A padronização dos testes experimentais possibilita a sua
repetição em quaisquer situações análogas e permite uma confirmação
independente dos resultados pela comunidade científica, o que não acontece com
os enunciados não científicos e pseudocientíficos. Dada a importância da
exatidão dos dados a utilizar, o método experimental exige um aparato técnico
progressivamente mais sofisticado, com o qual se ampliam as limitadas
capacidades naturais de percepção humana. Embora exista uma concepção
largamente difundida do método experimental segundo a qual este consiste na
sequência: enunciado, hipóteses, testes e conclusão (Observação — hipótese
— experimentação — lei ou reformulação da hipótese). O
método experimental orienta-se para a realização de observações e para a
escolha de dados em ordem à comprovação de uma relação casual entre dois
fatores.
CIÊNCIAS
HUMANAS
- Toda e qualquer ciência é humana,
porque resulta da atividade humana de conhecimento. A expressão “ciências
humanas”, no entanto, refere-se àquelas ciências que tem o próprio ser humano
como objeto. Seu objeto científico é o homem, ideia surgida no século XIX. As
disciplinas conhecidas como ciências humanas procuram estudar seu objeto
empregando conceitos, métodos e técnicas propostos pelas ciências da natureza.
Tratam o objeto humano usando modelos hipotético-indutivos e experimentais de
estilo empirista. A constituição das ciências humanas como ciências especificas
consolidou-se a partir das contribuições de três correntes de pensamento: a
fenomenologia, o estruturalismo e o marxismo.
a)
Fenomenologia: é uma descrição daquilo que aparece ou ciência que tem como
objetivo ou projeto essa descrição. Está relacionada diretamente ao conceito de
fenômeno o qual pode ser definido como “aquilo que aparece ou se
manifesta”. É uma ciência de essências, possibilitada apenas pela redução
eidética.
b)
Estruturalismo: entende-se por este termo todo método ou processo de pesquisa
que, em qualquer campo, faça uso do conceito de Estrutura em um dos
sentidos esclarecidos.
c) Marxismo: é o conjunto de ideias
filosóficas, econômicas, políticas e sociais elaboradas primariamente por Karl
Marx e Friedrich Engelse desenvolvidas mais tarde por outros seguidores.
Baseado na concepção materialista e dialética da História, interpreta a vida
social conforme a dinâmica da base produtiva das sociedades e das lutas de
classes daí consequentes. O marxismo compreende o homem como um ser social
histórico e que possui a capacidade de trabalhar e desenvolver a produtividade
do trabalho, o que diferencia os homens dos outros animais e possibilita o
progresso de sua emancipação da escassez da natureza, o que proporciona o
desenvolvimento das potencialidades humanas.
- O campo de estudo/de investigação
das ciências humanas é: a psicologia, a sociologia, a economia, a antropologia,
a história, a lingüística e a psicanálise.
TENDÊNCIA NATURALISTA E HUMANISTA
- Naturalismo - Tendência
das artes plásticas, da literatura e do teatro surgida na França na segunda
metade do século XIX. Baseia-se na filosofia de que só as leis da natureza são
válidas para explicar o mundo e de que o homem está sujeito a um inevitável
condicionamento biológico e social. Doutrina segundo a qual nada existe fora da
natureza e Deus é apenas o princípio de movimento das coisas naturais.
- Humanismo – é o movimento
literário e filosófico que nasceu na Itália na segunda metade do séc. XIV,
difundindo-se para os demais países da Europa e constituindo a origem da
cultura moderna. É o movimento filosófico que tome como fundamento a natureza
humana ou os limites e interesses do homem. O humanismo é toda filosofia que tome
o homem como “medida das coisas”, segundo antigas palavras de Protágoras. É
qualquer tendência filosófica que leve em consideração as possibilidades e,
portanto, as limitações do homem, e que, com base nisso, redimensione os
problemas filosóficos.
- Empirismo – para o
Empirismo, o fundamento e a fonte de todo e qualquer conhecimento é a
experiência sensível, que é responsável pela existência das ideias na razão e
controla o trabalho da própria razão, pois o valor e o sentido da atividade
racional dependem do que é determinado pela experiência sensível. Para os
empiristas, o modelo do conhecimento verdadeiro é dado pelas ciências naturais
ou ciências experimentais, como a física e a química. Representantes: John
Locke, Isaac Newton, Thomas Hobbes, George Berkeley, David Hume.
- Iluminismo – linha
filosófica caracterizada pelo empenho em estender a razão crítica e guia a
todos os campos da experiência humana. O iluminismo não é somente uso crítico
da razão; é também o compromisso de utilizar a razão e os resultados que ela
pode obter nos vários campos de pesquisa para melhorar a vida individual e
social do homem. O iluminismo foi um movimento de ideias, no sentido forte de
um processo de constituição e acumulação de saber sempre renovado e sempre
capaz de ser modificado até nos fundamentos. Foi um movimento de ideias que
repudiava qualquer sistema rígido e acabado de pensamento. Esse período é
chamado também de momento das luzes, e o século XVII, século das luzes, pois
considera-se que o ser humano “se iluminou”, se descobriu mais verdadeiramente
como detentor e produtor de conhecimentos. Representantes: Montesquieu,
Jean-Jacques Rousseau, Voltaire, Diderot, Adam Smith, Immanuel Kant.
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COTRIM, Gilberto. FERNANDES, Mirna.
Fundamentos de filosofia. 1º Ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
DESCARTES, René. Discurso do
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HARWOOD, Jeremy. Filosofia: um
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MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe.
São Paulo: Martin Claret, 2007.
VASCONCELOS, Ana. Manual
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