Vamos iniciar nossas reflexões, investigações e um filosofar vivo com um texto de Fernando Pessoa, que justifica muito bem a necessidade do dialogo sempre:
“Encontrei hoje em ruas, separadamente, dois amigos meus que se haviam zangado um com o outro. Cada um me contou a narrativa de por que se haviam zangado. Cada um me disse a verdade. Cada um me contou as suas razões. Ambos tinham razão. Não era que um via uma coisa e outro outra, ou que um via um lado das coisas e outro um outro lado diferente. Não: cada um via as coisas exatamente como se haviam passado, cada um as via com um critério idêntico ao do outro, mas cada um via uma coisa diferente, e cada um, portanto, tinha razão. Fiquei confuso desta dupla existência da verdade.”
O diálogo que leva ao filosofar e à partilha de pensamentos e reflexões precisa questionar que tipo de atitude estamos realizando quando conversamos.
Com / Versar = Com, próximo de outro, num mesmo nivel + versar, dizer a palavra, expressar
Vamos pensar como entendemos e praticamos o diálogo? É como:
- Competição ou cooperação?
- Arena ou ágora?
- Patriarcal ou matriarcal?
- Totalitário ou democrático?
- Pirâmide ou rede?
- Negação ou aceitação do outro?
- Esperteza ou competência?
- Utilitário ou convenção?
- Linear ou complexo?
- Discussão ou debate?
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