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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Sociologia - Teoria da Coesão Social

"Uma vida não examinada não vale a pena ser vivida"
Sócrates (470-399 a.c.)

Para Émile Durkheim, em sua Teoria da Coesão Social, a Sociedade é um todo integrado.
A vida social, estrutura e gera significados para a existência humana.
A liga que nos une ao social é a Consciência Coletiva. E a solidariedade é a comunhão dessa Consciência Coletiva aonde partilhamos o mesmo conjunto de regras de convivência.
O respeito e a obediência a nossa consciência coletiva é que garante um estado de ordem e "harmonia" da sociedade. Sendo assim, a sociedade impõe normas para satisfação das necessidades pelo indivíduo-Instituições de controle social. Quando isso não acontece, vemos uma sociedade sem regras claras, sem valores, sem limites, que leva o ser humano ao desespero e a insegurança nas relações sociais - sociedade em estado de Anomia.
Observando os casos de crimes contra crianças, jovens e adolescentes divulgados pela imprensa... nos perguntamos, qual o papel da educação e seus possíveis obstáculos na construção de uma nova sociedade, aonde o indivíduo se sinta parte de um todo e mais integrado socialmente?

Fatos sociais
Um exemplo simples nos ajuda a entender o conceito de fato social, segundo Durkheim. Se um aluno chegasse à escola vestido com roupa de praia, certamente ficaria numa situação muito desconfortável: os colegas ririam dele, o professor lhe daria uma enorme bronca e provavelmente o diretor o mandaria de volta para pôr uma roupa adequada.
Existe um modo de vestir que é comum, que todos seguem. Isso não é estabelecido pelo indivíduo. Quando ele entrou no grupo, já existia tal norma, e, quando ele sair, a norma provavelmente permanecerá. Quer a pessoa goste, quer não, vê-se obrigada a seguir o costume geral. Se não o seguir, sofrerá uma punição. O modo de vestir é um fato social. São fatos sociais também a língua, o sistema monetário, a religião, as leis e uma infinidade de outros fenômenos do mesmo tipo.
Para Durkheim, os fatos sociais são o modo de pensar, sentir e agir de um grupo social. Embora os fatos sociais sejam exteriores, eles são introjetados pelo indivíduo e exercem sobre ele um poder coercitivo. Resumindo, podemos dizer que os fatos sociais têm as seguintes características:
generalidade – o fato social é comum aos membros de um grupo;
exterioridade – o fato social é externo ao indivíduo, existe independentemente de sua vontade;
coercitividade – os indivíduos se sentem obrigados a seguir o comportamento estabelecido.
Em virtude dessas características, para Durkheim os fatos sociais podem ser estudados objetivamente, como “coisas”. Da mesma maneira que a Biologia e a Física estudam os fatos da natureza, a Sociologia pode fazer o mesmo com os fatos sociais.
(Pérsio Santos de Oliveira, Introdução à Sociologia, São Paulo, Ática, 2000, p. 13.)

Durkheim distingue três características dos fatos sociais. A primeira é a coerção social, isto é, a força que os fatos exercem sobre os indivíduos, levando-os a conformar-se às regras da sociedade em que vivem, independentemente de sua vontade e escolha. Essa força se manifesta quando o indivíduo adota um determinado idioma, quando se submete a um determinado tipo de formação familiar ou quando está subordinado a determinado código de leis.
O grau de coerção dos fatos sociais se torna evidente pelas sanções a que o indivíduo estará sujeito quando tenta se rebelar contra elas. As sanções podem ser legais ou espontâneas. Legais são as sanções prescritas pela sociedade, sob a forma de leis, nas quais se estabelece a infração e a penalidade subseqüente. Espontâneas seriam as que aflorariam como decorrência de uma conduta não adaptada à estrutura do grupo ou da sociedade à qual o indivíduo pertence.
A educação desempenha, segundo Durkheim, uma importante tarefa na conformação dos indivíduos à sociedade em que vivem, a ponto de, após algum tempo, as regras estarem internalizadas e transformadas em hábitos.
A segunda característica dos fatos sociais é que eles existem e atuam sobre os indivíduos independentemente de sua vontade ou de sua adesão consciente, ou seja, são exteriores aos indivíduos. As regras sociais, os costumes, as leis, já existem antes do nascimento das pessoas e são a elas impostos por mecanismos de coerção social, como a educação. Portanto, os fatos sociais são, ao mesmo tempo, coercitivos e dotados de existência exterior às consciências individuais.
A terceira característica é a generalidade. É social todo fato que é geral, que se repete em todos os indivíduos ou, pelo menos, na maioria deles. Por essa generalidade, os fatos sociais manifestam sua natureza coletiva ou um estado comum ao grupo, como as formas de habitação, de comunicação, os sentimentos e a moral.

 
Atividade
1) O que é fato social?
2) O que é coerção social?
3) Qual o significado de anomia?
4) O aprendizado é uma das formas que o homem desenvolveu para transmitir a cultura de uma geração à outra. Faça um relato baseado em sua experiência pessoal que ilustre essa afirmação?
5) O que você entende pela frase: ”O que caracteriza o homem é a riqueza e sutileza, a variedade e a versatilidade de sua natureza”, de Ernest Cassirer?
6) Afirmamos que, apesar de o comportamento humano tender à ritualização e à padronização, existe sempre a possibilidade de mudança. Você concorda com essa afirmação? Argumente?

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